O governo comunicou que irá fazer um pente fino no INSS, com isso, brasileiros começam a ficar preocupados com a possibilidade de corte de centenas de benefícios. Problemas são apontados no Instituto Nacional do Seguro Social há algum tempo para chegar neste ponto.
Recentemente a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que o INSS deve passar por uma análise minuciosa em breve. A ação é bastante aguardada há algum tempo, o que preocupa os brasileiros é a possibilidade de suspenção de benefícios.
O Instituto é apontado como alvo de fraudes, há algum tempo. Entre os meses de janeiro e agosto de 2022, por exemplo, 22 mil benefícios foram reativados de forma indevida.
A informação foi obtida com exclusividade pela Globonews em abril desse ano.
Só essa ação criminosa gerou um custo cerca de R$ 1 bilhão aos cofres públicos. Nessa ação os criminosos passavam a receber os benefícios que haviam sido suspensos por algum motivo.
Pente fino no INSS
Agora, a ministra afirma que um levantamento mais cuidadoso deve ser feito na lista de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ação foi tomada após o governo perceber um expressivo e acima da média aumento no número de concessões de benefícios nos últimos anos.
De acordo com a ministra, um levantamento preliminar feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que a presença de fraudes em, pelo menos, 10% dos benefícios.
Caso essa prática criminosa seja comprovada, o custo dela é em torno de R$ 10 bilhões a R$ 20 bilhões aos cofres públicos.
A informação foi confirmada pelo secretário de Orçamento Federal, Paulo Bijos, durante uma entrevista ao Valor.
“A gente meio que fez o óbvio: vamos olhar com maior atenção para a maior rubrica do Orçamento [a previdenciária] e ver o que tem de espaço ali, à semelhança do que se está fazendo com o Bolsa [Família]”, afirmou Bijos.
No Bolsa Família a análise mais cuidadosa gerou uma economia de R$ 7 bilhões.
A ação do Governo Federal é importante, pois, a projeção é de que os benefícios previdenciários, da forma como acontecem hoje, custem R$ 913,94 bilhões em 2024 aos cofres públicos.