O uso do PIX tem se tornado cada vez mais comum. Com tamanha facilidade tem quem tenha abandonado o dinheiro em cédula e optado apenas por este tipo de transferência. Para o Banco Central este é o só o começo, e muito em breve as pessoas poderão usar o PIX para compras parceladas, internacionais e offline.
Na última segunda-feira, 4 de setembro, o Banco Central (BC) liberou um relatório oficial sobre o PIX. E as expectativas sobre o uso deste método de pagamento são as melhores, prevendo o lançamento de uma série de novidades. Além do parcelamento, a ideia é incentivar que mais pessoas optem por este serviço.
A transferência instantânea entre contas bancárias foi criada em 2020, antes disso os brasileiros tinham opções mais limitadas. A troca de dinheiro entre contas do mesmo banco acontecia de forma mais rápida e sem tarifa, mas para bancos diferentes era preciso pagar tarifa de pelo menos R$ 15, além de respeitar limite de horários.
O grande diferencial do PIX foi não cobrar qualquer tipo de valor pelas transferências entre contas, independente do banco. Além disso, o pagamento é instantâneo caindo na mesma hora, o que facilita as compras. O serviço ainda funciona todos os dias da semana, inclusive nos domingos e feriados.
PIX parcelado, offline e internacional
O PIX parcelado ainda não foi oferecido oficialmente pelo Banco Central, mas há bancos e fintechs que já dão aos seus clientes essa opção. Por não haver um padrão oficial, as regras e condições vão depender de cada instituição.
Em grande parte dos bancos esta opção é oferecida na modalidade de crédito. Isso porque, o cliente solicita a transferência imediata para outra conta, mas ao optar pelo parcelamento o banco empresta o dinheiro integral ao cliente. São selecionadas o número de parcelas, passa-se pela análise de crédito, e na data marcada é debitado da conta o valor da mensalidade.
O Banco Central, porém, não descarta oferecer o PIX parcelado de forma oficial em breve. E releva que há estudos para que isso seja feito.
“Há, ainda, a possibilidade de estabelecer regras padronizadas que viabilizem a utilização de mecanismos de garantia vinculados às transações de pagamento, possibilitando que o Pix seja utilizado para pagamentos a prazo ou parcelados, mitigando o risco de crédito”, afirmou o Banco Central.
O BC ainda informou que no futuro a ideia é permitir que as transações fiquem disponíveis mesmo offline, ou seja, sem acesso a internet. O que permitiria o uso deste meio de pagamento em pedágios e transportes públicos.
Também está em estudo integrar o PIX com sistemas internacionais, viabilizando remessas transfronteiriças, pagamentos entre empresas e de compras feitas no exterior.