Em mais uma live semanal realizada pela equipe de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), chamada de “Conversa com o Presidente”, foi anunciada a criação de um novo ministério. A ideia é criar uma Pasta para tratar de assuntos que são de interesse dos empreendedores de pequenas e médias empresas.
Caso seja confirmada a criação de um ministério da pequena e média empresa, das cooperativas e dos empreendedores individuais, o governo Lula chegará a 38 ministérios. Questionados sobre a criação da mais uma Pasta, o presidente justificou que há muitas pessoas que já não têm interesse de trabalhar com carteira assinada e sonham em empreender.
Lula ainda disse que é preciso “cuidar dessa gente que precisa de crédito e de oportunidade” . No entanto, a criação do Ministério das Pequenas e Médias Empresas também deve servir como estratégia política. Já que para consolidar a base de aliados existe a proposta de incluir no atual governo membros do Partido Progressista (PP) e do Republicanos.
Para isso, o novo ministério seria usado para dar lugar a estes políticos. A proposta deve ser transformar a atual secretaria das Micro e Pequenas Empresas e Empreendedorismo, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em um ministério.
O que muda para os empreendedores com um ministério exclusivo?
De acordo com especialistas que foram ouvidos pelo portal Exame, mesmo que a ideia principal do governo Lula seja criar um ministério por interesses políticos, os empreendedores poderão se beneficiar. Isso porque, eles passarão a contar com projetos e políticas dedicadas exclusivamente ao seu crescimento.
Poderão ser ouvidos, representados e discutidos no Palácio do Planalto, Congresso Nacional, e outros representantes da democracia brasileira. O número de empreendedores no país tem crescido cada vez mais. Segundo dados do MDIC, há 21 milhões de empresas ativas no Brasil, e quase 99% são pequenas e médias. Destas, pelo menos 15,4 milhões são MEIs.
“Eu acho muito relevante a recriação do ministério. Existe no Brasil uma demanda muito grande por crédito, maior eficiência e menos burocracia na condução dos pequenos e médios negócios”, afirma José Niemeyer, professor de economia e ciências políticas do Ibmec ao Exame.