O Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) decidiu na última semana por mais uma mudança na cobrança de empréstimo consignado. O produto que é um dos preferidos dos aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), agora vai contar com uma redução mensal para futuras operações.
Em março dessa ano começou a discussão sobre reduzir a taxa de juros do empréstimo consignado do INSS. Na ocasião, o CNPS havia aprovado que a cobrança caísse para no máximo 1,7% ao mês, o que contrariou o Ministério da Previdência Social, da Fazenda e o próprio governo federal. Na época, os bancos decidiram não oferecer mais o produto como forma de protesto.
Depois de alguns momentos polêmicos e de discussão, a taxa subiu para 1,97% ao mês e os bancos voltaram a aceitar essa nova cobrança. Agora, depois de uma nova discussão no Conselho no dia 17 de agosto, o novo teto de juros mensal para o consignado passa a ser de 1,91%. A cobrança é 0,06% menor do que o teto que estava sendo cobrado até então.
A decisão foi tomada por 14 votos a 1 no Conselho Nacional da Previdência Social. E agora deve mudar todas as novas operações feitas a partir do dia 17 de agosto. Este ponto é muito importante, porque quem já tem um consignado contratado continua com as mesmas taxas de juros. O novo valor vale para segurados do INSS que emprestarem dinheiro a partir de agora.
Novo teto de juros do consignado do INSS
As mudanças na cobrança de taxa de juros não vão influenciar apenas os empréstimos, mas os outros tipos de produtos consignados oferecidos para quem é aposentado ou pensionista do INSS. Neste tipo de operação o valor da parcela responsável por pagar o crédito será descontado diretamente do salário do segurado.
Com a alteração o preço cobrado pelos produtos passam a ser de:
- Empréstimo consignado: teto caiu de 1,97% para 1,91% ao mês;
- Cartão de crédito consignado: teto caiu de 2,89% para 2,83% ao mês.
O teto é a quantia máxima que os bancos podem cobrar, mas o valor varia dependendo de cada instituição. O Banco do Brasil, por exemplo, cobra 1,77% ao mês, enquanto a Caixa, 1,7% ao mês.
A nova redução na cobrança mensal está integralmente ligada a diminuição da taxa básica de juros, a Selic que caiu de 13,75% para 13,25% ao ano.