Para quem está pensando em comprar a casa própria, o custo do financiamento é uma questão fundamental. Isso porque a compra é um gasto que compromete a renda mensal por um período longo. Com a queda da selic, avalie se é o melhor momento e as melhores opções de financiamento.
O crédito imobiliário é aquele, de todos os créditos, que está mais intimamente ligado à variação da Selic. O fato é que, com a queda da Selic e a melhora da atividade econômica, isso é o começo de um bom sinal para quem planeja comprar um imóvel financiado no Brasil. Mas, a recente queda dos juros não é suficiente para promover um efeito imediato.
Estudos mostram que os efeitos de variações da Selic levam tempo. Normalmente, entre três e seis meses para serem sentidos no mercado de crédito. Uma redução na taxa de juros do empréstimo imobiliário deve ser sentida a partir do primeiro trimestre de 2024.
A Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o Itaú, por exemplo, já anunciaram cortes em empréstimos, mas nenhum deles inclui o imobiliário.
Além das taxas altas, a queda nos depósitos em poupança, principal fonte de recursos para o crédito imobiliário, também deixou os bancos com um volume de dinheiro num patamar longe do ideal, o que funcionou como desestímulo aos financiamentos.
É hora de comprar imóveis financiados?
O crédito imobiliário tem uma garantia real forte (em geral, o próprio imóvel). Isso faz com que essa seja a modalidade de crédito com menor spread. O spread significa a diferença entre o que o banco paga de juros a um investidor e o que ele cobra de juros em um empréstimo.
Porém, que essa relação não é linear. A taxa média do financiamento variou entre uma faixa de 7% a 12% ao ano, comparando durante a pandemia até julho. Enquanto a Selic foi de uma mínima de 2% ao ano para 13,75% no mesmo período.
Ou seja, a variação dos juros do crédito imobiliário é menos ampla do que a da Selic. Isto é, o juros do crédito imobiliário variam 1 ponto a cada 2 pontos de variação da Selic.