O governo Lula está se preparando para conceder um reajuste de 4% nos benefícios do Bolsa Família. Em poucos dias, o Ministério do Planejamento deverá enviar ao Congresso Nacional o seu plano de orçamento. Após essa medida, o valor indicado vai dar um grande reajustada no benefício.
A estimativa é para que seja feito um investimento de R$ 168,7 bilhões no Bolsa Família de 2024, se o montante for confirmado ainda neste ano. A quantia representa a possibilidade de haver um reajuste, aumentando o valor das mensalidades pagas. Contudo, ainda não há uma previsão real de reajuste no valor do Bolsa Família.
É a partir do plano de orçamento que um governo começa a indicar todas as suas projeções de gastos para o ano seguinte. Da simples conta de luz de uma universidade federal até os repasses do salário mínimo: tudo deve estar indicado no texto que vai ser avaliado no Congresso. O Bolsa Família também entra na lista de gastos.
As discussões acontecem agora porque esse valor precisa constar na proposta de Orçamento de 2024, que será enviada pelo governo ao Congresso no dia 31 de agosto.
Qual é o valor do Bolsa Família hoje?
- Cada integrante da família tem direito a R$ 142, isso vale para todos os beneficiários;
- Com a soma, cada família deverá receber ao menos R$ 600 por mês;
- R$ 150 adicionais para cada criança de até 6 anos;
- R$ 50 adicionais para crianças com mais de 7 anos e jovens com menos de 18, gestantes e mulheres que estejam amamentando;
Esses valores são cumulativos. E o governo terá que corrigi-los, no máximo, em dois anos. Os pagamentos do novo Bolsa Família começaram em março com valor médio de R$ 670.
Qual será o valor do Bolsa Família em 2024?
A expectativa é que o reajuste, se confirmado, chegue no valor mínimo de R$ 710,50. O acréscimo representa R$ 560,98 milhões mensais a mais nos meses de março a dezembro de 2024.
Março é a data escolhida para um eventual reajuste porque foi quando, neste ano, o governo Lula relançou o programa.
O valor de 4% é para recompor, parcialmente, a inflação deste ano — o mercado projeta uma inflação de 4,8%.
Por enquanto, não há previsão de reajuste para a faixa de renda de até R$ 218 por pessoa, usada como linha de corte para definir se alguém tem ou não direito ao programa.