O parcelamento sem juros é a forma mais utilizada pelos brasileiros no cartão de crédito. Um intenso debate sobre o fim dessa modalidade tem sido travada e preocupa bastante a todos, afinal, os cursos rotativos são altíssimos. Entenda se essa modalidade realmente está com os dias contados.
Provavelmente você já realizou uma compra e escolher o parcelamento sem juros no cartão de crédito. Se você analisou de fato as opções, percebeu que o valor do produto aumenta muito quando são aplicados juros. Isso acontece porque a taxa de juros do cartão de crédito é alta no país.
Por exemplo, um iPhone 11, celular mais vendido no país segundo o Estadão, custa R$ 2.969,10 para pagamento a vista, com 10% de desconto.
Em até 8x o celular tem o valor de R$ 3.299,00, sem juros. Mas, caso você queira dividir em 12x, por exemplo, o celular saí a R$ 3.741,13, são 442,13 de diferença. Isso mostra o quanto de juros você pode pagar sobre o produto.
Fim do Parcelamento sem juros
Um grupo de trabalho composto pelo Banco Central, Ministério da Fazenda e bancos debate o tema. O assunto ganhou destaque após o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmar que uma taxa poderia ser adotada para ‘desincentivar’ os brasileiros a comprar no crédito.
A taxação defendida pelo presidente do BC seria aplicada para diminuir o número de brasileiros que fazem compras em muitas parcelas.
Isso poderia também diminuir a inadimplência no cartão de crédito no país, que chegou a 49,1% no último mês.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teria dito nos bastidores que é contrário a essa iniciativa.
Vale lembrar que a compra parcelada no cartão de crédito é um dos principais meios de pagamento utilizados no país. E, acabar com ela, pode trazer prejuízos aos consumidores e aos empresários, que podem sofrer com queda nas vendas.
O governo deve apresentar uma solução oficial para o tema dentro do prazo de 90 dias. O texto conta com participação do reputado Elmar Nascimento (União-BA), relator do projeto de lei do Desenrola Brasil.