O Nubank é um dos mais importantes bancos digitais do país e conquistou uma enorme e fiel base de clientes. No entanto, uma declaração dada pelo CEO da fintech frustou muitos brasileiros. Entenda.
David Vélez, CEO e fundador do Nubank, disse nesta semana que a fintech está participando dos debates sobre possíveis mudanças no rotativo do cartão de crédito. Ele afirma que as conversas estão sendo positivas com o Ministério da Fazenda, participantes da indústria e com o Banco Central.
CEO do Nubank dá declaração sobre rotativo do cartão
Na visão de Veléz, impor um teto de juros para o rotativo do cartão de crédito seria algo muito ruim. Esta possibilidade está em tramitação no Congresso.
“A implementação unilateral de um teto de juros seria muito ruim para o sistema. Seria uma remédio pior que a enfermidade. Geraria um choque que levaria 65 milhões de cartões a ser cancelados pelos bancos, retrairia o crédito em um momento que a economia quer crescer mais. De fato é difícil explicar os (níveis altos) juros no rotativo, mas um teto não é a solução, disse o CEO, segundo o Valor Econômico.
De acordo com o Valor, Guilherme Lago, vice-presidente financeiro do Nubank, é a pessoa que está representando o Nubank nos encontros para tratar deste caso.
Foi dito também que os debates estão se encaminhando bem e que uma solução para o assunto deve chegar em um prazo entre 60 a 90 dias.
O profissional explicou que não existem muitas alavancas que podem ser mudadas: juros, rotativo, parcelado sem juros e tarifa de intercâmbio.
“O desafio é como manipular essas alavancas em conjunto com todos os elos da cadeia”, disse ele, segundo o Valor.
Ao serem perguntados sobre se são favoráveis a idéia do fim do crédito rotativo, e se ligam isso a alterações no parcelado sem juros, eles não responderam. Somente foi dito que por enquanto várias alternativas estão sendo verificadas.
“Cada uma das mudanças levaria a alterações no comportamento dos clientes, que são difíceis de prever. Se acabasse o rotativo, o que o cliente faria? Parcelaria por mais prazo? Menos prazo? Compraria menos? Ainda não temos nada concreto para dividir sobre eventuais impactos nos nossos resultados financeiros”, disse Lago, segundo o Valor Econômico.