Fazer compras parceladas no cartão de crédito já é parte da cultura de consumo dos brasileiros. Diante dos preços altos, comprar parcelado é uma maneira de poder adquirir os produtos desejados. Sendo assim, é importante saber se alguma mudança envolvendo o parcelamento pode acontecer. Confira.
Nesta segunda, 14, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou que o parcelamento sem juros nas compras efetuadas no cartão de crédito será mantido.
Compras parceladas sem juros no cartão de crédito
Esta confirmação foi dada depois que Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, expôs um incômodo da instituição com o atual sistema de financiamento por cartão, que autoriza o parcelamento de compras em até 13 vezes sem juros.
De acordo com uma nota da Febraban publicada pelo g1, “não há qualquer pretensão de se acabar com as compras parceladas no cartão de crédito”.
Foi dito ainda que ela que participa de “grupos multidisciplinares” para verificar, de um lado, as razões dos juros praticados e alternativas para um redesenho do rotativo do cartão e, do outro lado, o aprimoramento do mecanismo de parcelamento de compras.
“Portanto, nenhum dos modelos em discussão pressupõe uma ruptura do produto e de como ele se financia”, seguiu o órgão.
Por fim, a Febraban disse que é favorável ao cartão de crédito ser mantido como “relevante instrumento para o consumo, preservando a saúde financeira das famílias.”
“Estudos indicam a necessidade de medidas de reequilíbrio do custo e do risco de crédito. Para tanto, é necessário debater a grande distorção que só no Brasil existe, em que 75% das carteiras dos emissores e 50% das compras são feitas com parcelado sem juros” disse a Febraban na nota publicada pelo g1.
Rotativo do cartão
Roberto Campos Neto afirmou ainda que o Banco Central está em busca de formas para reduzir a inadimplência na linha do rotativo do cartão.
Entre as idéias citadas pelo presidente do BC, estão a limitação dos juros na modalidade e até mesmo o fim do rotativo. Em seu lugar, seria criado uma nova linha com juros mais amenos.
É esperado que até o fim deste ano, esta alternativa mais barata chegue aos consumidores do país.