Banco Central estuda mais mudanças sobre o cartão de crédito que deve trazer alívio para brasileiros. Taxas cobradas em uma das funções dos cartões ultrapassou os 430% de juros ao ano, sendo a mais alta do país.
O cartão de crédito é um dos principais meios de pagamentos utilizados no Brasil. Com os cartões você pode fazer compras na função crédito e débito. Na hora do pagamento da fatura as operadoras oferecem a possibilidade de parcelamento, é aí que entra o crédito rotativo.
O crédito rotativo é contratado toda vez que uma pessoa faz o pagamento mínimo da fatura e não realiza o parcelamento do restante do valor.
Fim do crédito rotativo
Nessa forma de pagamento da fatura, há cobrança de encargo financeiros IOF e juros, são justamente eles, os juros, que preocupam o Banco Central.
Segundo o BC, em junho desse ano o rotativo atingiu a marca de 430% de juros ao ano, o que representa cerca de 15% ao mês; essa é a forma de crédito mais cara do país. Isso faz com que essa prática seja constantemente criticada pelo governo.
Em abril desse ano, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que esses altos juros prejudicavam bastante as pessoas de baixa renda.
Agora, o presidente do Banco Central, Campos Neto, anunciou na última semana o fim do rotativo do cartão de crédito.
Sua fala em audiência do Senado repercutiu bastante e o presidente do BC precisou fazer uma correção alguns dias depois e afirmou que ainda não tem detalhes sobre essa possível extinção.
A última mudança sobre o rotativo foi feita em 2017, quando os usuários passaram a ter um prazo até o vencimento da próxima fatura para fazer o pagamento total.
Caso, ele não quite o valor integral, ele pode escolher nova data para o pagamento ou escolher o parcelamento do valor.
O cartão de crédito atualmente representa 40% dos pagamentos feitos no Brasil, consequentemente ele também é uma das principais formas de inadimplência.
Para reduzir o endividamento o BC também estuda a criação de uma taxa extra para diminuir as compras desenfreadas no crédito.