Desenrola Brasil: veja o passo a passo para REDUZIR o valor das suas dúvidas

Pontos-chave
  • Esta primeira etapa do Desenrola Brasil abrange os consumidores que possuem débitos em bancos e uma renda mensal bruta de até R$ 20 mil;
  • O governo promete lançar a segunda e mais importante fase do programa;
  • O objetivo do Desenrola Brasil é que brasileiros endividados limpem seus nomes ou deixem de ter o "CPF negativado".

O Governo Federal iniciou a primeira fase do Desenrola Brasil na última segunda-feira, 17. O programa é destinado ao incentivo de renegociação de dívidas, um problema que atinge 71,9 milhões de brasileiros, segundo a avaliadora de crédito Serasa.

Desenrola Brasil: veja o passo a passo para REDUZIR o valor das suas dúvidas
Desenrola Brasil: veja o passo a passo para REDUZIR o valor das suas dúvidas. (Imagem FDR)

Esta primeira etapa do Desenrola Brasil abrange os consumidores que possuem débitos em bancos e uma renda mensal bruta de até R$ 20 mil. Cada instituição financeira decide se quer ou não participar. 

Em setembro, o governo promete lançar a segunda e mais importante fase do programa, destinada a brasileiros que recebem até dois salários mínimos, R$ 2.640, ou que estejam  inscritos no Cadastro Único (CadÚnico).

O objetivo do Desenrola Brasil é que brasileiros endividados limpem seus nomes ou deixem de ter o “CPF negativado”. Com o nome “limpo” e o CPF livre, é possível voltar a comprar a prazo, pedir empréstimos, abrir crediário ou fazer um novo contrato de aluguel, por exemplo.

Qual é o público-alvo e prazos do Desenrola Brasil?

Faixa 2 – Já iniciada

O Desenrola Brasil, novo programa do Governo Federal, permite que pessoas com ganhos de até R$ 20 mil brutos mensais e dívidas atrasadas de qualquer valor procurem suas instituições bancárias para verificar a adesão ao programa.

Atenção às datas dos débitos: somente serão elegíveis para renegociação as dívidas contraídas entre 2019 e 31 de dezembro de 2022. Vale ressaltar que o programa abrange apenas débitos com os próprios bancos, não incluindo dívidas com concessionárias ou lojas.

As renegociações podem ser realizadas até 30 de dezembro de 2023, dando a oportunidade de limpar o nome automaticamente para quem possui débitos de até R$ 100. A medida visa beneficiar cerca de 1,5 milhão de pessoas.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) enfatiza que não se trata de um “perdão” das dívidas de até R$ 100, sendo necessário comparecer aos bancos para renegociá-las. Aqueles que não o fizerem ficarão com o nome sujo novamente no futuro.

Faixa 1 – Começa em setembro

O governo anuncia o lançamento da fase de renegociação das dívidas da chamada faixa 1 de renda, que abrange trabalhadores com rendimentos de até dois salários mínimos, R$ 2.640, ou pessoas cadastradas no CadÚnico, englobando beneficiários de programas sociais.

Nesta etapa, serão consideradas dívidas de até R$ 5 mil. Além das dívidas com bancos, contas de energia, internet e telefone também poderão ser renegociadas, visando auxiliar a parcela mais vulnerável da população.

A plataforma específica para o programa está em desenvolvimento, e especialistas apontam que sua eficácia e facilidade de uso são fundamentais para o sucesso do programa, que enfrenta o desafio de atender às necessidades dos devedores e instituições financeiras de forma clara e eficiente.

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Taxas de juros do Desenrola Brasil

Faixa 2 

Na etapa já iniciada, cada endividado deve procurar seu banco para saber se:

Ou seja, para esta faixa de renda, não há teto para as taxas de juros que os bancos podem oferecer nem mínimo de desconto nas dívidas, desde que parcelem os débitos em pelo menos 12 vezes.

Para incentivar os bancos a darem descontos maiores, o governo vai oferecer crédito tributário. Em outras palavras, vai reduzir os impostos a serem pagos pelas empresas. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a cada R$ 1 dado em desconto nas dívidas, o governo vai abrir mão de receber R$ 1 real em tributos.

Faixa 1 

Nesta etapa prevista para setembro, o teto para as taxas de juros na renegociação das dívidas é de até 1,99% ao mês, com débitos parcelados em até 60 vezes, tendo valor mínimo de R$ 50 por parcela.

Como as negociações vão ser feitas por meio de um aplicativo, a expectativa do governo é que haja um “leilão”. Quem oferecer as melhores condições (maiores descontos no débito), leva.

O ganhará em troca a certeza de que receberá todo o dinheiro da dívida renegociada, caso o cliente não pague. Isso ocorre porque, para esta etapa do programa, o governo criou um Fundo Garantidor de Operações (FGO) para o Desenrola. Após 60 dias de atraso da parcela, o banco pode pedir ao governo que pague a dívida correspondente.

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Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
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