No próximo mês a Caixa Econômica deve finalmente fazer a distribuição de lucro do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Esse é um processo que ocorre uma vez ao ano, e o prazo máximo para que o dinheiro caia na conta é 31 de agosto. A quantia tem potencial para aumentar a renda da população, mas é preciso ter muita atenção sobre as suas regras.
O lucro do FGTS é um direito do trabalhador que possuí conta aberta no Fundo de Garantia. Vão receber todos aqueles que tinham saldo positivo até dezembro de 2022. Isso porque, a Caixa usará como referência para o cálculo tudo o que foi obtido em lucros no último ano. Esse lucro é somado quando a reserva do FGTS é emprestada ao governo federal, e retorna com correção.
Funciona como uma aplicação ou investimento no sistema público, feito sob intermediação da Caixa. O governo usa os recursos do Fundo de Garantia emprestado, e parte do que for obtido em lucro nessas relações financeiras será liberado ao trabalhador. Já que oficialmente os valores e as contas pertencem a esses trabalhadores, por isso eles ganham direito de receber.
No fim deste mês de julho, o Conselho Curador do Fundo de Garantia deve se reunir para definir o quanto será liberado de lucro do FGTS. No ano passado, o governo federal havia aprovado que os cotistas recebessem 99% de tudo o que foi somado em 2021. Ainda não existe nenhuma informação oficial sobre o assunto, mas a mesma quantia deve ser mantida neste ano.
Como lucro do FGTS ajuda os trabalhadores?
É importante entender alguns pontos sobre a distribuição de lucro do FGTS:
- Os trabalhadores receberão uma participação pelos lucros do último ano;
- Vale apenas para quem tinham saldo positivo até dezembro de 2022;
- O valor do lucro será incluso no saldo total do Fundo de Garantia;
- Não é possível sacar apenas o lucro do FGTS de forma individual.
Em agosto a Caixa Econômica vai aumentar o saldo do Fundo de Garantia dessas pessoas por meio do depósito do lucro. Ainda não se sabe quanto cada pessoa vai receber, mas a estimativa é de que o total distribuído esteja em R$ 15 bilhões, segundo dados apurados por meio de documentação da AGU (Advocacia Geral da União).
Quanto maior o saldo disponível até dezembro de 2022, maior será o valor que vai cair na conta. A movimentação é benéfica para o trabalhador porque ele poderá sacar um saldo maior na demissão sem justa causa, no uso do financiamento imobiliário, no saque-aniversário e outros.