Brasileiros estão esperançosos com QUEDA no valor do aluguel; entenda o motivo

O aluguel nunca foi uma despesa barata para as famílias, mas ele ficar um pouco barato agora. O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), tido como a “inflação do aluguel”, segue caindo, o que pode sinalizar uma redução dos preços do aluguel.

Brasileiros estão esperançosos com QUEDA no valor do aluguel; entenda o motivo
Brasileiros estão esperançosos com QUEDA no valor do aluguel; entenda o motivo (Imagem: FDR)

Esta deflação no índice está sendo mais significativa do que o esperado por analistas e não existem indícios de que isso vá mudar no curto prazo.

Como fica meu aluguel a partir de agora?

Especialistas no assunto foram procurados pelo portal InfoMoney para saber uma questão importante: o que proprietários e inquilinos precisam fazer agora?

A resposta deles é depende do que consta no contrato. De forma tradicional, estes contratos preveem o IGP-M como índice de correção dos alugueis. No entanto, o IGP-M disparou no período da pandemia chegando a passar dos 37% no acumulado em 12 meses, em maio de 2021. Esta alta  que fez com que diversos proprietários não repassassem toda a alta para os inquilinos.

Caso este tenha sido o seu caso, os especialistas procurados pelo InfoMoney dizem que agora é a vez do inquilino ser flexível “O IGP-M está negativo porque está começando a ‘devolver’ o que tinha subido no passado, quando atingiu 37% em maio de 2021. Ele está devolvendo parte daquele excesso de aumento”, disse ao InfoMoney Alberto Ajzental, coordenador do curso de negócios imobiliários da FGV.

A negociação é válida tanto para imóveis residenciais como também para comerciais, como lojas de rua, de shopping, galpões logísticos entre outros. “Vale para pessoa jurídica também, vale para shopping, vale para tudo. O lojista não pode ver um aluguel subir 37%”, disse Ajzental ao InfoMoney.

Respeito ao contrato

O profissional recomenda que o locatário leia e respeite o que determina o contrato de locação. “Primeiro de tudo, tem respeitar contrato. Depois, se tiver algo de atípico, tem de conversar. Seja conjunto comercial, laje corporativa, loja de shopping, loja de rua. Tem de preservar o equilíbrio econômico-financeiro do contrato”, disse o especialista.

O profissional criticou contratos que só preveem que reajustes sejam feitos para mais. “Se você só trabalha com o índice no positivo, uma hora fica insustentável (para o inquilino). Tem que negociar. E, se não é explícito que o reajuste não é só positivo, você não deve ficar esperando o dono”, disse ele ao InfoMoney.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.