Os descontos para os carros populares podem estar acabando no país. De acordo com um painel criado pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) que mostra em tempo real o total de recursos já consumidos pelo programa, 84% do total já foi gasto. Saiba os detalhes.
As nove montadoras que participam do programa do carros populares já solicitaram juntas R$420 milhões de créditos tributários, o que responde por 84% do total de R$ 500 milhões disponibilizados pelo governo.
Descontos para carros populares pode acabar em breve
Caso as montadoras sigam solicitando a liberação de créditos nesta velocidade, a previsão é que os descontos durem até a próxima semana. Se isso se confirmar, os créditos acabarão antes mesmo da abertura das vendas de automóveis e comerciais leves para locadoras, que foi prorrogada em 15 dias.
As montadoras já solicitaram os seguintes valores ao governo:
- Fiat/Jeep – R$ 170 milhões;
- Volkswagen – R$ 60 milhões;
- Renault – R$ 50 milhões;
- Peugeot/Citroën – R$ 40 milhões;
- Hyundai – R$ 40 milhões;
- Chevrolet – R$ 20 milhões;
- Nissan – R$ 20 milhões;
- Honda – R$ 10 milhões;
- Toyota – R$ 10 milhões
Programa dos carros populares
Foi disponibilizado pelo governo um montante de R$1,5 bilhão em créditos tributários voltados à Industria. Do total, 500 milhões são para automóveis e comerciais leves com preços de até R$ 120 mil. Após o fim deste montante, os descontos não serão mais oferecidos.
Incialmente, a idéia era conceder descontos em impostos, com um corte de 1,5% a até 10,96% no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e no PIS/Cofins. No entanto, depois de negociações com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o decreto passou por mudanças. Com isso, o governo irá conceder um desconto em nota fiscal entre R$ 2.000 a até R$ 8.000.
Considerando esta mudança, o desconto para os carros novos será de cerca de 11% no máximo, ficando perto do que foi anunciado no mês passado por Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Em certos casos, o desconto poderá ser maior.
A previsão é que os preços voltem a crescer quando o crédito for totalmente gasto.