Muito tem se falado sobre os novos extras no pagamento do Bolsa Família. O que muitas pessoas não sabem, porém, é que outras regras específicas também começaram a valer, e uma delas acaba reduzindo os pagamentos em 50%.
Uma nova regra de proteção do Bolsa Família começou a valer neste mês de junho e, com a mudança, algumas pessoas vão ter o benefício reduzido pela metade.
A modalidade se aplica para quem consegue emprego e aumenta a renda, assim a família tem direito a permanecer com o Bolsa Família por até dois anos, desde que a renda da casa, por pessoa, faça com que cada um receba o equivalente a até meio salário mínimo, ou seja, cerca de R$ 660.
A ideia é que as famílias que começam a encontrar alternativas no mercado de trabalho possam, ainda assim, ter um tempo de benefícios para encontrar estabilidade. Ou seja, o objetivo é que a regra de proteção realmente seja uma transição.
De acordo com o governo, esta medida não tem intuito negativo. Pelo contrário, o fundamento do governo é ampliar o poder de compra do povo brasileiro, mas também incentivar o interesse das pessoas no mercado de trabalho como também o incentivo ao empreendedorismo, no caso dos Microempreendedores Individuais (MEI).
Quem pode ter o Bolsa Família reduzido pela regra?
Não são todas as famílias que vão precisar passar por algum tipo de redução. A regra é voltada especificamente para as famílias que vão ter direito a ficar até dois anos no Bolsa Família depois de ter conseguido um emprego.
Ou seja, se algum membro da família conseguir aumentar a renda da casa e ultrapassar o mínimo, eles passam a entrar na regra de proteção. Para isso, porém, é necessário que a renda per capita ainda seja de até meio salário mínimo.
Nesses casos específicos, portanto, haverá a redução em 50% do benefício. Em junho, por exemplo, são quase 739 mil famílias que estão dentro da regra.
O pagamento médio para essas unidades familiares será de R$ 380,32, segundo o Governo Federal.
E quem perder renda depois de entrar na regra de proteção?
Se a família voltar a ter uma renda mais baixa depois dos dois anos, ela pode voltar ao pagamento integral. O mesmo serve para beneficiários que pediram a saída do programa.
Em ambos os casos (de quem conseguiu um emprego ou perdeu renda) o caminho é o mesmo. O responsável familiar deve procurar o Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) da sua área e atualizar a informação de renda para solicitar a volta integral ao Bolsa Família.