Novidades no PIX: Como vão funciona o BolePix, Pix Automático e Pix Garantido?

Pontos-chave
  • PIX terá novidades importantes em breve
  • Diretor do BC fala sobre rotativo do cartão de crédito

O PIX é o método de pagamento criado pelo Banco Central e que se mostrou um grande sucesso entre os brasileiros. Desde seu lançamento, a ferramenta vem sendo aprimorada e em breve os consumidores poderão contar com novidades interessantes. Saiba mais sobre BolePix, Pix Automático e Pix Garantido.

FDR Responde: Como vão funciona o BolePix, Pix Automático e Pix Garantido?
FDR Responde: Como vão funciona o BolePix, Pix Automático e Pix Garantido? (Imagem FDR)

Os usuários do PIX vão perceber como as novidades que estão sendo preparadas irão melhorar ainda mais o uso da ferramenta do BC no dia a dia.

Novidades para o PIX

PIX automático 

Esta ferramenta seria uma versão aprimorada do débito automático, que atualmente opera na base do convênio entre os bancos e a prestadora de serviços. Através do PIX automático, o processo de pagamento será feito de forma direta.

A novidade poderá ser usada para pagamentos de serviços de streaming, de telefone, contas de consumo e até para compras parceladas.

“O sujeito vai conseguir estabelecer o Pix automático no balcão da academia com o celular”, disse o diretor do BC, Renato Dias de Brito Gomes, segundo o Money Times. É previsto que esta novidade seja lançada ainda em 2023.

BolePIX

Esta seria uma versão da solução do BC para o boleto bancário. Ele replica o boleto. O QR Code aparece como boleto e o consumidor pode usar o  PIX para pagar. O pagamento será compensado de maneira instantânea.

Segundo o diretor do Banco Central, esta novidade junta as funcionalidades do boleto com a instantaneidade do Pix. Caso seja preciso, o serviço vai recalcular os valores a serem pagos, além de possibilitar pagamentos aos finais de semana. Esta novidade deve chegar no próximo ano,

PIX Garantido 

Esta funcionalidade ainda está sendo desenvolvida. “Há soluções que (a pessoa) vai finalizar uma compra e a firma liga (liga) às instituições financeiras que vão oferecer a opção de crédito para a finalização da compra via Pix”, disse o diretor do BC ao Estadão. 

“Como existem muitas oportunidades e não sabemos exatamente como o modelo de negócios vai avançar, demos um passo atrás, estamos observando como avança. Mas é algo que nós vermos como vemos com bom olhos”, finalizou ele ao Estadão. 

Diretor do BC fala sobre rotativo do cartão e o PIX

Entre as novidades que estão sendo preparadas, se destaca uma que envolve o rotativo do cartão de crédito. O BC deseja tornar efetiva a probabilidade de dívidas do rotativo para enfrentar os altos juros cobrados nesta modalidade de crédito.

Este é um dos tipos de crédito mais caros do país e na visão de Renato Dias de Brito Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, é preocupante que os juros da modalidade esteja tão alto.

Através da portabilidade, o consumidor pode escolher em qual banco deseja pagar sua dívida e assim, negociar melhores taxas. “Os juros do rotativo estão em níveis bastante elevados. Isso gera muita preocupação no governo. Aqui no BC também existe uma preocupação diante desses números tão inflados”, afirmou Gomes, segundo o Estadão.

Na visão do executivo, falta transparência dos juros. “Quer dizer que, no momento da contratação, quando o consumidor contratar o cartão de crédito, quando ele toma a decisão de consumo, ou mesmo quando ele entra no rotativo, ele tem pouca visibilidade dos juros que vai pagar”, disse ele. 

Ao longo dos últimos três anos, a quantidade de cartões de crédito quase que dobrou no país. Atualmente são 200 milhões de cartões. Ele se tornou uma ferramenta de concorrência entre os neobancos, bancos mais tradicionais e as fintechs. A liberação de limite também passou a ser uma característica de competição.

O governo já havia tentado reduzir os juros limitando o prazo do rotativo, mas na prática o resultado não foi o esperado, na visão de Renato.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.