Os brasileiros se animaram com os descontos concedidos nos carros populares após a publicação da medida provisória pelo governo federal. No entanto, nesta terça, 13, o presidente Lula deu uma declaração que desagradou boa parte da população.
O presidente afirmou que o programa do carro popular, que concede os descontos para a população, deve durar somente um mês. De acordo com Lula, esta afirmação está baseada nas projeções feitas pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Lula fala sobre o programa do carro popular
“Então veja, reduzimos um pouco o preço do carro. Você viu, eu estava vendo uma notícia hoje que, já vai durar um mês e vai acabar o programa”, disse o presidente em uma transmissão ao vivo, segundo o UOL.
Já a Anfavea, emitiu uma nota dizendo que “Isso deverá ocorrer em pouco mais de um mês, ou seja, bem antes dos 4 meses de prazo estipulado pela MP 1175”, segundo o UOL.
Na última segunda, 12, chegou ao fim o prazo concedido pelo governo para que as montadoras informem se irão ou não aderir ao programa de incentivos fiscais. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), hoje, 14, deve ser divulgada a lista final completa com as empresas e produtos beneficiados.
Funcionamento do programa dos carros populares
O governo comandado por Lula prevê um gasto de R$ 1,5 bilhão com o pacote de incentivos à venda de carros populares e com a renovação das frotas de caminhões e ônibus. O objetivo do programa é o de reduzir o preço dos carros populares em até 10,96% através da redução da carga tributária das indústrias do setor automotivo. Serão reduzidos IPI e PIS/Cofins para venda de carros novos de até R$ 120 mil.
Do total de R$1,5 bilhão do programa, a maior parcela será gasta com incentivo a caminhões, cerca de R$700 milhões. Logo depois, aparecem os carros populares com R$500 milhões e os ônibus com R$300 milhões.
Os descontos para os carros ficarão entre R$2 mil a R$8 mil e vão variar segundo as regras determinadas pelo governo.
Segundo estimativas do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cerca de 30 milhões de pessoas serão beneficiadas com o programa.