Relação baseada em amor e afeto são muito especiais, mas, mesmo com tudo isso, muitas vezes a vulnerabilidade com a questão financeira acaba gerando conflitos e até términos/seprações. Confira abaixo como o amor e o dinheiro se relacionam.
Finanças em casais
De acordo com Paula Sauer, professora de economia comportamental do curso de Comunicação e Publicidade da ESPM, é fundamental conversar sobre dinheiro em casal. “O brasileiro vive em um país com uma das maiores desigualdades sociais do planeta, falar de dinheiro é extremamente íntimo. Por outro lado, se não gosta de falar, curte ostentar, gosta de comentar o destino das últimas férias, a marca das roupas que usa, as chaves do carro, tira foto até do que comeu se entender que o restaurante é bacana. Isso mostra o quanto o dinheiro é simbólico na vida das pessoas”, explica Sauer.
Como mostra a especialista, muitas vezes o status está relacionado ao sucesso, liberdade e possibilidades, mas na falta do dinheiro o sujeito sente como se tivesse perdido seu chão simbólico. “No namoro e no casamento não é muito diferente, pois os casais querem mostrar o melhor de si e ostentam, um dos lados pode estar fazendo um raio X do comportamento financeiro do outro”, comenta a especialista.
Pesquisas do Serasa sempre evidenciam o quanto os cônjuges escondem sua vida financeira um do outro. A maioria dos casais não conta para o parceiro o quanto recebe de salário, quanto tem em aplicações financeiras ou dívidas. Não é raro em caso do falecimento de um dos cônjuges a família estar contando com uma herança e de deparar com dívidas.
A segunda causa de divórcios no Brasil se dá em função da incompatibilidade financeira, ficando atrás apenas da dificuldade de comunicação.
Paula Sauer finaliza: “Antes de juntar os trapinhos e dizer o sim para o amor da sua vida, é fundamental ter uma conversa franca sobre dinheiro, hábitos de consumo, entender o significado do dinheiro para cada um, para não ter surpresas depois”.