O Banco Inter é um dos maiores bancos digitais da atualidade e está em constante movimento para permanecer em crescimento e para conquistar os clientes. Nesta quarta, 24, uma executiva do banco se pronunciou sobre uma importante questão para os brasileiros.
A economista-chefe do Banco Inter, Rafaela Vitória, falou sobre a votação do novo arcabouço fiscal, que aconteceu na última terça, 23. Na visão dela, ele sozinho não será suficiente para resolver a questão fiscal do Brasil.
Banco Inter se posiciona sobre arcabouço fiscal
Rafaela diz que para ela, o grande destaque da votação da última terça na Câmara dos Deputados foi a alteração na regra para crescimento dos gastos do governo no próximo ano. “Foi importante e mostra que foi uma decisão mais restritiva do que o governo gostaria. É uma boa notícia, que afasta o risco de descontrole dos gastos que veio com a PEC da transição, mas que ainda deixa uma margem para aumento dos gastos”, disse ela ao E-Investidor.
Ela disse ainda que o crescimento das despesas governamentais em 2024 ainda será considerável, mesmo que o aumento real obedeça o limite mínimo determinado no novo arcabouço, por conta da base de comparação alta dste ano.
“Estamos saindo de uma base de crescimento das despesas de aproximadamente 7% de 2023 para 2022, então mesmo que haja um novo crescimento mínimo, de 0,6%, para o ano que vem, ainda é uma preocupação”, disse ela ao E-Investidor.
Arcabouço não será suficiente
Na visão de Rafaela, o arcabouço fiscal sozinho não será suficiente para resolver a questão fiscal do Brasil. “Essa questão depende muito do crescimento das receitas e do próprio crescimento da economia, e acho que vai haver frustração do governo com essas duas estimativas para os próximos anos, que estão muito otimistas”, disse Vitória ao E-Investidor.
Ao passo que o governo quer zerar o déficit primário no próximo ano, o cenário atual do Banco Inter é de conseguir zerar déficit somente em 2028.
“É muito difícil zerar o déficit no ano que vem. Há um viés para baixo nas nossas projeções de receita para os próximos dois anos por conta da queda nos preços das commodities e a preocupação com o desempenho da economia, que bate na arrecadação”, disse ela ao E-Investidor.