Crise nas Americanas parece ter chegado também até o Ame Digital, aplicativo de serviços financeiros da empresa. Empresa afirmou que a decisão, que por sinal preocupa bastante, foi tomada para adequação do app.
Uma crise financeira nas Americanas vem se arrastando há alguns meses e acaba de atingir a Ame Digital. Empresa anunciou uma ação que preocupa clientes, mas principalmente os funcionários da empresa.
A Ame digital é uma plataforma de pagamentos virtuais e cashback (devolução de parte do valor da compra).
Demissões na Ame Digital
Entre a última quinta e sexta-feira, 11 e 12, a empresa Americanas decidiu demitir funcionários que atuavam nas áreas de recrutamento e seleção; produtos; tecnologia; marketing; comercial; atendimento e análise de risco do Ame Digital.
Pelo menos 90 colaboradores foram desligados da empresa; as demissões atingiram diversos níveis de senioridade.
A Americanas emitiu um comunicado acerca das demissões; confira:
“A Americanas informa que realizou o desligamento de colaboradores e terceiros de sua plataforma financeira Ame Digital e de suas afiliadas Bit Capital e Nexoos Tech. As demissões fazem parte da adequação dos produtos financeiros da Ame às necessidades atuais da Americanas.
A companhia entende o impacto desta ação e reforça que está conduzindo o processo de forma ética e com o máximo de respeito e transparência.
As movimentações foram em diferentes áreas e têm como objetivo simplificar estruturas e aumentar eficiência a partir do plano de reestruturação e transformação da companhia, com foco em sua saúde financeira, para responder com agilidade ao atual ambiente macroeconômico.
A companhia reitera que se mantém comprometida com a transparência também na relação com os sindicatos e todas as obrigações trabalhistas, como prevê a legislação.”
Crise na Americanas
Uma crise financeira se instalou na empresa depois do anúncio de uma dívida no valor de R$ 20 milhões; após isso a empresa entrou em recuperação judicial em janeiro desse ano.
E em abril a varejista entrou em acordo com parte dos bancos credores para a suspenção da briga judicial por pelo menos 30 dias.
Uma das ações adotadas pela empresa é a conversão de R$ 10 em dívidas em ações; capitalização da empresa em R$ 10 bilhões com suporte dos acionistas, os bilionários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, donos da gestora 3G Capital.