Vencedor do Prêmio Nobel de Economia dá grande DICA para Haddad

Joseph Stiglitz, economista ganhador do Nobel dos EUA, durante o encontro com Fernando Haddad, em reunião dos Ministros das Finanças e Governadores do Banco Central do G-7 no Japão, comentou sobre a economia brasileira com Haddad e chegou a dar dica.

Vencedor do Prêmio Nobel de Economia dá grande DICA para Haddad
Vencedor do Prêmio Nobel de Economia dá grande DICA para Haddad. (Imagem: FDR)

Joseph Stiglitz, economista ganhador do Nobel dos EUA, avalia que o Banco Central está estrangulando a economia brasileira ao manter a taxa básica de juros em 13,75%. Fala ocorre durante reunião dos Ministros das Finanças e Governadores do Banco Central do G-7 no Japão, na sexta-feira (12).

Stiglitz conversou com jornalistas logo após se encontrar com Haddad em um hotel de Niigata, cidade japonesa que é sede do G-7 Financeiro. “Eu estou preocupado com o Brasil. A taxa de juros real é a maior do mundo. É muito difícil ter crescimento com essa taxa. O Banco Central está estrangulando a economia brasileira”, afirmou o economista.

O Nobel de economia avaliou seu café da manhã com Haddad como uma conversa “muito boa”. “Falamos de muitos assuntos, do Brasil, da economia global. Inclusive, sobre como a tecnologia verde pode ser adaptada ao Brasil”, relatou Stiglitz.

Avaliação sobre Lula

O economista já disse publicamente que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está certo ao criticar a política monetária brasileira, que mantém a taxa básica de juros em 13,75% para controlar a inflação.

O governo Lula tem pressionado o Banco Central a reduzir a taxa de juros. A avaliação é que o atual patamar da Selic inibe o crescimento da economia. Na avaliação do governo, porém, as condições econômicas do país já permitem cortes na taxa de juros para estimular o crescimento econômico.

O que pensa Haddad sobre a taxa de juros

Após o recente anúncio do Banco Central (BC) da manutenção da taxa básica de juros seguir em 13,75% ao ano, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez coro ao discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse que a autoridade monetária já poderia ter iniciado a queda da Selic.

Em tom mais ameno que o de Lula, Haddad afirmou que respeita a autonomia do BC e que sua avaliação sobre os juros é “técnica”, não “política”. “Honestamente, eu acho que nós já poderíamos iniciar a recalibragem da taxa de juros. A projeção de inflação para o ano que vem está moderada”.

Até o momento, o Copom não sinalizou quando começará a cortar os juros. Haddad espera que, com a proposta do novo arcabouço fiscal e com a tramitação da reforma tributária no Congresso, o Copom reavalie o cenário e comece a traçar um cronograma de queda.

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