NOVOS benefícios! Projeto do Bolsa Família é ATUALIZADO para aumentar a renda do titular

Pontos-chave
  • O texto do Bolsa Família foi lançado em março;
  • Agora, deputados e senadores precisam votar a Medida Provisória;
  • Há 257 propostas de mudanças para o texto original.

O Bolsa Família voltou a funcionar no país nesse ano de 2022, por meio de uma Medida Provisória. Foram praticamente 12 meses de substituição pelo Auxílio Brasil, até que o benefício retornasse. Embora a medida tenha validade imediata, ela precisa ser votada entre parlamentares para que continue valendo. Durante esse processo de análise, novas propostas podem ser inclusas no projeto.

NOVOS benefícios! Projeto do Bolsa Família é ATUALIZADO para aumentar a renda do titular
NOVOS benefícios! Projeto do Bolsa Família é ATUALIZADO para aumentar a renda do titular (Imagem: FDR)

A MP que recriou o Bolsa Família em 2 de março desse ano, fixou o pagamento de no mínimo R$ 600 por família contemplada. Hoje, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), são pelo menos 21 milhões de famílias beneficiadas com a ajuda mensal. A MP ainda garantiu o pagamento adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos, mais de 8 milhões de pessoas, segundo o MDS.

E ainda, o adicional de R$ 50 que vai contemplar dependentes de 7 a 18 anos, além das gestantes. Esses bônus, porém, começarão apenas em junho desse ano e o MDS ainda não contabilizou quantos serão os beneficiados nesse grupo. Agora, com a análise do texto por parlamentares, foram apresentadas 257 emendas por deputados e senadores.

As emendas são novas propostas que devem ser inclusas no texto original do Bolsa Família. Mas, como alteram o projeto inicial essas emendas precisam ser votadas entre os parlamentares, e depois sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sempre considerando o impacto orçamentário que elas podem trazer.

MP do Bolsa Família passa por nova análise

Nessa terça-feira (9) está marcada uma nova análise do texto do Bolsa Família, feita pela comissão mista com deputados e senadores. A comissão mista, instalada no mês passado, é presidida pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES). E agora deverão analisar as propostas de reforma no programa original, votando o relatório do programa.

Além, é claro, de votar se concordam com as regras que já foram estabelecidas. Como os critérios para entrada no Bolsa que exigem renda de até R$ 218 por pessoa da família. E ainda, os bônus e valores que já estão em andamento nesse benefício social. Após a votação na comissão, a medida ainda precisará ser analisada e votada pelos Plenários da Câmara dos Deputados e do Senado.

Critérios de concessão do Bolsa Família podem mudar

Entrará em análise pelos deputados e senadores uma lista com novos critérios para manter o pagamento do Bolsa Família. Quem recebe o benefício há mais tempo já conhece algumas dessas regras, e não sentirá dificuldade em coloca-las em prática. Para quem é novo no programa é importante estar ciente do que é chamado de condicionalidades.

Ou seja, as condição que vão garantir a liberação do auxílio de no mínimo R$ 600 todos os meses. Os parlamentares estudam exigir que a família cumpra com regras como:

  • Comprovação de frequência escolar das crianças, com mínimo de 75% de presença;
  • Atualização da caderneta de vacinação de toda a família, cumprindo com as vacinas impostas no plano de imunização nacional;
  • Grávidas deverão fazer todo o acompanhamento da gestação, chamado de pré-natal;
  • Crianças até 6 anos terão que fazer acompanhamento nutricional.

Essas serão exigências que precisarão ser acompanhadas sempre pelo sistema público. E se unem aos critérios como o de renda, por isso, de nada vale manter a frequência escolar se a renda ultrapassar o limite de R$ 218 por pessoa.

13º salário do Bolsa Família será discutido

Entre uma das 257 emendas que foram inclusas a MP do Bolsa Família, está a que propõe o pagamento do 13º salário para as 21 milhões de famílias contempladas pelo programa. Essa parcela adicional foi paga em 2019, primeiro ano de governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na época cumprindo com uma promessa de campanha.

Nos outros anos o ex-presidente não manteve o pagamento do 13º, sob justifica de que estava pagando o auxílio emergencial, na época da pandemia. Agora, a proposta é de que esse crédito seja garantido e permanente, como um bônus adicional lançado no final do ano para lidar com os gastos.

As chances desse abono ser aprovado, no entanto, são mais baixas. Isso porque, o MDS defende que o Bolsa Família é um programa social, não previdenciário, por isso não tem a obrigação de liberar 13º. Além disso, seria preciso mais recursos além do orçamento já previsto.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com