Nubank, C6 Bank e Banco Inter possuem nova preocupação em comum

Pontos-chave
  • Novo banco digital promete facilitar a vida do cliente
  • Banco é considerado o "Nubank Europeu"

O mercado de bancos digitais está cada vez mais acirrado e as empresas do setor precisam estar sempre em busca de fidelizar os seus clientes. Agora, empresas como Nubank, Inter e C6 Bank possuem um novo concorrente. Conheça.

Nubank, C6 Bank e Banco Inter possuem nova preocupação em comum
Nubank, C6 Bank e Banco Inter possuem nova preocupação em comum (FDR)

O novo concorrente que entra no mercado brasileiro de fintechs é a Revolut. O banco digital é considerado o “Nubank europeu” por liderar o mercado por lá e vem para disputar espaço no Brasil.

Revolut é o novo concorrente de fintechs como o Nubank

O banco digital possui atualmente cerca de 28 milhões de clientes e atua em mais de 35 países. O banco digital oferta serviços em investimentos internacionais, conta digital com suporte a 27 moedas, cartão de débito, acesso a 90 criptomoedas e câmbio.

No Brasil, o cartão do banco terá incialmente a bandeira Visa. O Revolut irá utilizar os serviços de banking as a service do Bexs, porém já pediu ao Banco Central uma licença de sociedade de crédito direto (SCD). A operação internacional do banco vai apostar na conversão de moedas 24 horas por dia, sete dias por semana.

“Adicionalmente, o volume de gastos dos brasileiros no exterior mais que dobrou em 2022, totalizando US$ 12 bilhões e existe também uma procura por acesso simples e seguro por criptoativos com mais de 10 milhões de investidores pessoa física”, disser ao Valor Econômico  Glauber Mota, CEO da Revolut no Brasil.

Na visão de Mota, a chegada “tardia” ao mercado brasileiro que já é tão competitivo, pode ser algo positivo. Ele diz que por a Revolut ter sido fundada há sete anos, a empresa teve tempo para amadurecer a oferta de seus produtos. Outro ponto positivo é a ampla digitalização dos consumidores.

“Se tivéssemos chegado aqui três, cinco anos atrás, haveria muitas barreiras de entrada. A tecnologia avançou muito e nós temos um produto indiscutivelmente superior”, complementou  Mota para o Valor.

Revolut e as criptomoedas

A fintech conta com funções ordens de compra automáticas, “stop loss”, aportes recorrentes, e outras. O banco irá oferecer ainda cursos educacionais em criptoativos.

Quem fizer o curso ganhará prêmios como recompensa por completar as unidades e passar nos testes. De início, a recompensa será na forma do token polkadot.

Mais sobre o Revolut

A operação da fintech no Brasil, começou há cerca de um ano e é capitaneada por Glauber Mota, ex-sócio do banco de investimentos BTG Pactual. Cerca de 100 profissionais irão trabalhar na operação brasileira da empresa que tem sede na Faria Lima, em São Paulo, sendo que 50%  deles estão alocados no exterior.

Também será oferecido pela Revolut um cartão pré-pago e recursos para quem gosta de viajar em grupo, como uma interface que ajuda as pessoas a dividir os custos de forma automática.

O desejo da fintech é o de oferecer serviços financeiros para atender todos os clientes de maneira abrangente, e não somente uma conta digital para ser usada em viagens internacionais.

“A Revolut nasceu e evoluiu para se tornar um superapp financeiro, com investimentos, compras e seguros. Percebemos que o Brasil ainda tinha pouca oferta de produtos e serviços em moeda estrangeira e também em criptomoedas. Hoje, o brasileiro com renda média mais elevada tem cinco aplicativos ou mais para lidar com a vida financeira. Faremos tudo em um único aplicativo”, explicou ao Estadão Glauber Mota.

A conta já foi lançada com compatibilidade com a ferramenta de pagamentos PIX, permitindo a conversão e compra de moedas sempre que o cliente desejar.

“Temos uma série de transações em moeda estrangeira em que não é preciso pagar nada. Fora isso, teremos IOF reduzido, de 1,1%, e quando o cliente executar o câmbio, terá spread inferior a média de mercado. Se a conversão ocorrer em um horário atípico, pode haver acréscimo de um pequeno percentual”, explicou Mota ao Estadão.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.