A concorrência no universo das fintechs, ou banco digitais, vai ficar ainda mais acirrada. Se já não bastasse ter que disputar terreno com outras grandes empresas do setor, o Nubank ganhou um concorrente vindo diretamente da Europa. Conheça esta nova fintech.
Estamos falando do banco digital Revolut, que chegou ontem, 2, ao Brasil com o objetivo de facilitar a vida financeira dos clientes em viagens e permitir ainda a negociação de criptomoedas.
“Nubank da Europa” chega ao Brasil
O Revolut, que é considerado o “Nubank europeu” por ser dominante por lá, oferta aos usuários uma conta digital que pode fazer a conversão de dinheiro em 27 moedas, incluíndo o dólar e o euro.
A operação da fintech no Brasil, começou há cerca de um ano e é capitaneada por Glauber Mota, ex-sócio do banco de investimentos BTG Pactual. Cerca de 100 profissionais irão trabalhar na operação brasileira da empresa que tem sede na Faria Lima, em São Paulo, sendo que 50% deles estão alocados no exterior.
Também será oferecido pela Revolut um cartão pré-pago e recursos para quem gosta de viajar em grupo, como uma interface que ajuda as pessoas a dividir os custos de forma automática.
O desejo da fintech é o de oferecer serviços financeiros para atender todos os clientes de maneira abrangente, e não somente uma conta digital para ser usada em viagens internacionais.
“A Revolut nasceu e evoluiu para se tornar um superapp financeiro, com investimentos, compras e seguros. Percebemos que o Brasil ainda tinha pouca oferta de produtos e serviços em moeda estrangeira e também em criptomoedas. Hoje, o brasileiro com renda média mais elevada tem cinco aplicativos ou mais para lidar com a vida financeira. Faremos tudo em um único aplicativo”, explicou ao Estadão Glauber Mota.
A conta já foi lançada com compatibilidade com a ferramenta de pagamentos PIX, permitindo a conversão e compra de moedas sempre que o cliente desejar.
“Temos uma série de transações em moeda estrangeira em que não é preciso pagar nada. Fora isso, teremos IOF reduzido, de 1,1%, e quando o cliente executar o câmbio, terá spread inferior a média de mercado. Se a conversão ocorrer em um horário atípico, pode haver acréscimo de um pequeno percentual”, explicou Mota ao Estadão.