O ex-chefe de operações da PM do Distrito Federal, coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, recebeu transferências efetuadas através do PIX de subordinados e de um companhia de segurança privada. Entenda.
As informações foram reveladas pelo Metrópoles e confirmadas pelo portal UOL. Estas transações foram detectadas na quebra de sigilo bancário do coronel. O pedido de quebra do sigilo foi feito pela CPI dos atos golpistas de 8 de janeiro.
PIX suspeito
Jorge Eduardo recebeu valores via PIX de quatro PMs. De acordo com o presidente da CPI, deputado Chico Vigilante, foi efetuada ainda uma transferência para o coronel de uma empresa de segurança privada de Barro Alto, Goiás.
As transferências começaram a ser efetuadas pouco antes das últimas eleições e seguiram até janeiro de 2023.
Segundo Chico Vigilante, estas movimentações não são objeto de investigação da comissão. Ele explicou que os dados foram remetidos para a Polícia Civil do DF e também para corregedoria da PM para serem apurados e não podem ser divulgados.
Prisão do coronel
Jorge Eduardo Naime Barreto foi preso pela PF ao longo das investimentos dos atos golpistas de 8 janeiro em Brasília. Naquele dia, o coronel estava de folga. Barreto era o chefe do setor encarregado da elaboração do plano de segurança do DF.
Na visão do ex-interventor da Segurança Pública do Distrito Federal Ricardo Cappelli, atualmente chefe do GSI, Barreto decidiu de forma proposital retardar a linha de contenção da PM. Ele afirma ter visto pessoalmente os comandados por Barreto avançando de forma lenta contra os golpistas.
Os ataques em Brasília aconteceram no dia 8 de janeiro por golpistas que não aceitam a vitória de Lula nas eleições passadas.
Ato golpista de 8 janeiro
No dia 8 de janeiro, cerca de 4 mil bolsonaristas radicais saíram do Quartel-General do Exército e se dirigiram à Praça dos Três Poderes, batendo de frente com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) na Esplanada dos Ministérios.
Por volta das 15h, a multidão rompeu a barreira de segurança e ocuparam a rampa e a laje de cobertura do Palácio do Congresso Nacional, ao passo que uma parte do grupo invadiu e vandalizou o Congresso, o Palácio do Planalto e o Palácio do Supremo Tribunal Federal.