A plataforma de viagem ‘Hurb‘, antiga Hotel Urbano, tem colecionado uma série de queixas de clientes e parceiros pelas redes sociais, por viagens canceladas e valores não pagos corretamente. Recentemente um novo problema tem chamado atenção.
Pipocou nos últimos dias comunicados de pousadas e hotéis de todos os cantos do Brasil que pararam de receber novos hóspedes da plataforma de turismo Hurb, depois de terem tomado calote relacionado à falta de pagamentos.
A startup começou atrasando pagamentos. Agora, representantes da rede hoteleira têm se queixado que nem são atendidos pelo Hurb quando buscam contato querendo solução. Estabelecimentos tem valores a receber que passam dos R$ 30 mil.
Em nota oficial, a plataforma de viagem diz que “mobilizou uma força-tarefa para normalizar a situação com cada parceiro [da rede hoteleira] no menor prazo possível”. Seriam mais de mil profissionais que fariam contato individualizado com as empresas pra negociar o acerto dos pagamentos.
Já para os clientes, o prazo médio pedido pelo site para reembolso de reservas canceladas tem sido de 100 dias úteis. Apesar das promessas de regularização, o diretor-geral da Hurb, João Ricardo Mendes, postou um vídeo recentemente debochando de clientes, dizendo que o concorrente (no caso a CVC) está a “um clique de distância”.
O que é essa plataforma de viagem?
A startup foi fundada em 2011 no Rio de Janeiro. O boom de vendas veio em 2020, em plena pandemia. A Hurb passou a oferecer pacotes de viagem a preços bem abaixo que o convencional. Em troca, os clientes iriam desfrutar das viagens quando ocorresse a reabertura.
Em qual momento a rota começou a mudar?
No começo deu certo. Em julho do ano passado, porém, as reclamações dos clientes passaram a se acumular. O novo normal começou, mas muita gente pagou e não viajou.
Somente pelo site Reclame Aqui, a agência acumula quase 30 mil reclamações nos últimos seis meses. E, embora tenha respondido a 94% dessas queixas, a avaliação da empresa é considerada “ruim”. A maioria das reclamações refere-se a oferta não cumprida, serviço não fornecido e venda ou publicidade enganosa.
