Governo se ARREPENDE de importante decisão que afetará a vida dos brasileiros

Uma semana depois do Ministério da Fazenda e da Receita Federal anunciarem o fim da isenção de tributos para compras de até US$ 50 de pessoa física em plataformas internacionais, o governo recusou. Na terça-feira (18), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que não é mais de pretensão do poder público acabar com essa regra. Ou seja, não haverá cobrança de impostos. 

Governo se ARREPENDE de importante decisão que afetará a vida dos brasileiros
Governo se ARREPENDE de importante decisão que afetará a vida dos brasileiros (Imagem: FDR)

A intenção do ministério da Fazenda, e da Receita Federal, era fiscalizar as empresas internacionais que estavam, segundo eles, burlando uma regra do governo brasileiro. Hoje, as compras de até US$ 50, cerca de R$ 250, feitas de pessoa física para pessoa física em plataformas internacionais, não têm nenhuma cobrança de imposto.

No entanto, o Fisco identificou que pessoas jurídicas (empresas) estavam usando dessa regra para não pagar impostos. Fingindo ser pessoa física enviam o produto ao consumidor brasileiro sem pagar nada por isso. Na prática, as empresas internacionais que cumprem com a regra e não burlam o sistema, não sentiriam nenhuma mudança. Logo, o consumidor também não seria atingido.

Ainda assim, Haddad contou aos jornalistas que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu o recuo, após forte reação contrária à medida. A pesquisa da Quaest mostrou que a possível cobrança de impostos sobre lojas famosas como Shein, Shopee e AliExpress, foi a notícia negativa sobre o atual governo mais escutada por 16% do público da pesquisa.

Governo Lula mantém isenção de impostos

Fernando Haddad explicou que o governo brasileiro continuará agindo a fim de coibir possíveis fraudes, e chegou a mencionar o contrabando. Para isso, tanto a Fazenda como a Receita Federal deverão criar mecanismos de fiscalização dessas plataformas, a fim de que elas cumpram com todas as regras que são uma exigência tributária do governo.

O presidente nos pediu ontem pra tentar resolver isso do ponto de vista administrativo. Ou seja, coibir o contrabando. Nós sabemos aí que tem uma empresa que pratica essa concorrência desleal, prejudicando todas as demais empresas, tanto do comércio eletrônico quanto das lojas que estão abertas aí, sofrendo a concorrência desleal dessa empresa”, disse o ministro da Fazenda.

O ministro disse que a brecha na legislação que permite o não pagamento de impostos para compras de pessoas físicas limitada a 50 dólares, está sendo usada de “má-fé” por empresas internacionais. Ele também confessou que recebeu cobranças da Confederação Nacional do Comércio sobre concorrência desleal. Já que o e-commerce brasileiro paga os devidos impostos.

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Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com
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