Em parceria com a Caixa Econômica Federal, os recursos disponíveis no FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) podem ser usados para financiamento imobiliário. Existem algumas regras, porém, que determinam como esse processo deve ser feito e quais as condições de uso desses valores. A vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês Magalhães, disse que o banco está trabalhando com o governo em novos moldes de financiamento.
De acordo com Inês Magalhães, o objetivo é ampliar o público que pode usar recursos vindos do FGTS para a compra da casa própria. Depois de construir essa proposta, a medida ainda deve ser analisada pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia, setor que cuida da destinação dos recursos vindos desse fundo.
“Queremos que o FGTS também possa atender a essas famílias (de renda média), em imóveis de até R$ 600 mil”, afirmou ela no Summit 2023 da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). De acordo com Inês, essa seria uma proposta alternativa aos financiamentos com recursos da poupança, que hoje atendem ao público de médio e alto padrão.
No mesmo evento da Abrain, o ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou que há interesse de zerar o valor de entrada em financiamentos do programa Minha Casa Minha Vida. Para isso, recursos vindos do fundo de garantia também seriam uma alternativa. A parceria com estados e municípios também seriam determinantes nesse caso.
Uso do FGTS para compra da casa própria
Hoje, trabalhadores que possuem conta no FGTS podem usar seu saldo para dar entrada no financiamento, diminuir as parcelas a serem pagas, ou quitar os débitos que estão atrasados. Além deles, recursos vindos dessa mesma conta também podem ser usados por outros trabalhadores, em uma forma de parceria com o governo brasileiro.
De acordo com a vice-presidente da Habitação, a ideia da Caixa Econômica é preparar um combo em que as condições ao comprador que utiliza linhas atreladas ao FGTS sejam melhores, mas que os riscos ao banco também sejam os menores possíveis.
“Estamos preparando o que a gente chama de combo, que melhore a condição de subsídio do FGTS, das taxas de juro, propicia parceria com estados e municípios”, afirmou Magalhães.