Com bolsas de valores em ‘estado de atenção’, XP anuncia estes novos investimentos

Diante das dificuldades de captação para o mercado de renda variável, uma saída encontrada pelas plataformas de investimentos foi aumentar o portfólio na renda fixa. Neste segmento, vem crescendo a oferta de novos produtos atrelados a juros, que trazem possibilidades de taxas de rentabilidade boas. Diante disso, a XP lançou recentemente uma estratégia de “democratizar o acesso à renda fixa internacional”. Entenda.

Para isso, a XP estruturou nove veículos com objetivo de que os investidores pessoa física possuam acesso aos bonds (títulos de crédito emitidos em dólar fora do país) com investimento e rentabilidade prefixada, em real.

Estes produtos são COEs (Certificados de Operações Estruturadas) e tem exposição a crédito privado e soberano, isto é, títulos de crédito que são emitidos por empresas ou governos locais e internacionais no exterior (os bonds). O investimento mínimo é de R$ 5 mil, sem necessidade de câmbio do valor.

É normal que em casos de bonds a rentabilidade seja prefixada, no entanto sempre com a taxa em dólar. A XP vem operando com taxas de retorno já em moeda nacional, trazendo uma maior previsibilidade de ganhos para os investidores.

A XP consegue isso pois estruturou os COEs também em swaps cambiais, que são resumidamente contratos de troca da taxa de flutuação da moeda. Na transação, a volatilidade do valor de uma moeda pode ser trocada por uma taxa de juros estabelecida previamente ou pela variação de uma moeda diferente. O objetivo é que o investimento fique mais “assegurado'” de possíveis perdas cambiais.

De início, a XP incluiu nove COEs na plataforma de produtos da empresa, “mas queremos expandir para mais de 25 COEs de renda fixa internacional no curto prazo”, afirmou ao Valor Investe Lucas Rabechini, diretor de produtos financeiros da XP.

Como vai funcionar esta novidade da XP

O funcionamento será o seguinte: o cliente fará uma reserva de valor de investimento até a data limite da emissão do COE, baseada nas taxas prefixadas reveladas pela XP. Acontece que as taxas são baseadas na marcação dos títulos (os bonds, neste caso) a mercado no momento de estruturação do veículo.

A XP explica que, caso na data de emissão acontecer alguma mudança significativa nos parâmetros de mercado, de forma que seja impossível manter as taxas projetadas no período de investimento, a emissão daquele COE será cancelada e um novo parâmetro será disponibilizado.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.