Nesta semana, o ministro da Fazenda Fernando Haddad, solicitou ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a liberação do uso do PIX para o pagamento de dívidas de forma parcelada. Na visão de Haddad, a ferramenta poderia ajudar a baratear o crédito no Brasil. Saiba mais.
“Falava ontem com Roberto Campos Neto sobre o parcelamento de débito pelo Pix. Pode ser uma grande inovação do nosso sistema bancário você parcelar usando essa ferramenta. Isso melhora as condições de competitividade e de crédito no país”, afirmou Haddad em evento online organizado por um banco de investimentos.
Esta proposta, segundo o ministro, faz parte de um pacote de estímulo ao crédito. Haddad reforçou novamente que o governo está preparado para este mês 12 medidas com objetivo de melhorar as condições de crédito. Deste total, 6 medidas foram aceitas pelo BC.
Programa Desenrola
Sobre o programa, que tem o objetivo de renegociar até R$50 bilhões em dívidas de 37 milhões de pessoas em todo o país, Haddad disse que a medida provisória do programa está pronta e aguarda apenas a B3, a bolsa de valores, finalizar o sistema que será utilizado pelo governo e pelos credores.
Sobre a questão do fundo que cobrirá as negociações do programa, ele disse que já existem R$ 11 bilhões reservados no Orçamento. Em março, Haddad tinha dito que o fundo, construído com recursos do Tesouro Nacional, teria um valor de cerca de R$ 10 bilhões, no entanto o montante foi atualizado recentemente para R$ 15 bilhões.
Será este fundo que fará a cobertura de possíveis calotes dados por pessoas que aderirem ao programa e não pagarem as dívidas. O programa poderá ser usufruído por todos os brasileiros negativados.
Existe uma vantagem para quem recebe até dois salários mínimos. Este público terá condições mais vantajosas de pagamentos, uma vez que irão contar com aportes do Tesouro no fundo garantidor.
Litígio Zero
Por fim, sobre a questão de programas de renegociação de dívidas, o programa federal Litígio Zero, concebido oferecer condições especiais no pagamento de dívidas com a União foi prorrogado até 31 de maio.
