Como Bolsa Família vai mudar economia do Brasil?

O Bolsa Família voltou a funcionar no país em 2023, depois de ter ficado um ano suspenso tendo sido substituído pelo Auxílio Brasil. Com o investimento nesse ano pagando mínimo de R$ 600 para 21 milhões de famílias que vivem em vulnerabilidade social, o programa social tem potencial para tirar 3 milhões de pessoas do nível de extrema pobreza.

Bolsa Família vai tirar 3 milhões de brasileiros da extrema pobreza, diz pesquisa
Bolsa Família vai tirar 3 milhões de brasileiros da extrema pobreza, diz pesquisa (Imagem: Marcos Rocha/ FDR)

A pedido do jornal O Globo, o economista Daniel Duque, do Ibre/FGV, fez um levantamento mostrando a força que o Bolsa Família tem. De acordo com o estudo, devido o investimento que o governo federal tem feito nesses últimos meses, o programa será capaz de tirar 3 milhões de pessoas do nível de extrema pobreza.

Isso porque, dados levantados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostraram que no terceiro trimestre do ano passado 12,47 milhões de brasileiros estavam em situação de pobreza extrema. Para Daniel Duque o programa de transferência de renda será capaz de diminuir esse número, fazendo com que ele caia para 9,46 milhões de pessoas.

Ao oferecer renda mínima para quem vive com até R$ 218 por pessoa no mês, o programa deve garantir as necessidades básicas dessas famílias. Em uma outra pesquisa, economistas da XP Investimentos estimam que a injeção de recursos no PIB resultará um crescimento da renda familiar do brasileiro em 3,5%. Quase metade desse percentual (1,4%) teriam relação direta com o Bolsa Família.

Como o Bolsa Família vai diminuir o índice de pobreza no país?

Desde janeiro desse ano o Bolsa Família tem pago mínimo de R$ 600 para as famílias inscritas, até 2022 esse valor do piso era de R$ 400. Nesse mês de março começou também a ser liberado o adicional de R$ 150 para crianças de 0 até 6 anos que fazem parte das famílias contempladas pelo programa.

A partir de junho começa a liberação de um bônus de R$ 50 para crianças acima de 7 anos, jovens até 18 anos e gestantes. São justamente esses recursos que os pesquisadores acreditam que trarão um forte impacto no índice de pobreza do país, já que vão garantir a compra de itens básicos para sobrevivência dessas famílias.

Com uma ajuda de custa maior, o consumo dos grupos contemplados pelo Bolsa Família deve subir e a desaceleração da economia diminuir. “A variação do consumo das famílias poderia ser até negativa se não fosse o aumento da renda disponível“, disse Rodolfo Margato ao Jornal O Globo.

Entre na comunidade do FDR e receba informações gratuitas no seu Whatsapp!

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com