Um assunto polêmico parece ter causado desconforto entre os ministros do governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT). Tudo porque, na última semana foi aprovada a redução no teto da taxa de juros do empréstimo consignado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A mudança, porém, desagradou os bancos que estão deixando de oferecer esse produto para aposentados e pensionistas.
A redução dos juros foi aprovada pelo Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) no dia 13 de março. A proposta que passou a valer depois da publicação no Diário Oficial, reduziu a taxa de juros do empréstimo consignado do INSS de 2,14% parta 1,70% ao mês. Isso significa que os bancos podem oscilar na cobrança, mas nada superior a 1,70%.
Diante dessa situação, os bancos começaram a se posicionar e decidiram que está inviável oferecer consignado para aposentados e pensionistas do INSS dentro dessas condições. Questionada sobre o assunto, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) respeitou a decisão individual das empresas, e disse que “cada banco associado segue sua estratégia comercial de negócio”.
A proposta de redução do empréstimo consignado do INSS foi do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. A aprovação e início imediato da decisão sem passar por outros ministros, como o da Fazenda, gerou algumas críticas. Por isso, a decisão pode ser reavaliada.
Onde pedir empréstimo consignado do INSS?
Embora a decisão de reduzir o teto dos juros do empréstimo consignado do INSS tenha gerado críticas, há quem acredite que os bancos é que estão errados. As centrais sindicais divulgaram uma nota criticando a decisão das instituições.
Eles chamam a atitude dos bancos de chantagem, e completam dizendo que “atitude dos bancos demonstra que a sede por lucros não tem limites, e é inaceitável que os aposentados e pensionistas sejam prejudicados dessa forma“.
O grande destaque foi o fato de bancos públicos, como a Caixa Econômica e o Banco do Brasil, também informarem que não oferecerão mais consignado do INSS. O pedido das centrais é de que pelo menos as instituições públicas façam valer a decisão, e deem o exemplo para as instituições privadas.
No atual cenário, nenhum dos principais bancos estão oferecendo o consignado para esse público. Para quem já tinha contrato ativo nada muda. Aos demais que estão interessados no produto é preciso aguardar um novo posicionamento dos bancos.