Comissão de Educação analisa Novo Ensino Médio, valorização dos professores e sistema de cotas

Após entidades e especialistas pedirem a revogação do Novo Ensino Médio, a Comissão de Educação criou uma subcomissão. Os participantes devem analisar alguns pontos importantes. Além disso, a CE deve realizar audiências públicas com outros focos.

Comissão de Educação analisa Novo Ensino Médio, valorização dos professores e sistema de cotas
Comissão de Educação analisa Novo Ensino Médio, valorização dos professores e sistema de cotas (Imagem: FDR)

A Comissão de Educação anunciou que vai analisar alguns pontos relacionados ao Novo Ensino Médio, para isso uma subcomissão foi criada. Além disso, entre as pautas que devem ser foco de análise estão a valorização dos professores e o atual sistema de cotas.

Há alguns dias a implantação de um novo modelo de ensino médio no Brasil tem sido alvo de questionamentos, especialistas defendem a suspensão e o MEC a abertura de uma consulta pública.

Pontos de análise da Comissão de Educação em 2023

Através da proposta da senadora Teresa Leitão (PT-PE) uma subcomissão deve ser criada para debater o Novo Ensino Médio no Brasil; o grupo deve ser formado por cinco senadores titulares e cinco suplentes.

O Senado também está nessa luta. Acho que é importante para nós, o Senado, estarmos nessa luta, o Senado estar ‘antenado’ — para dizer a linguagem dos nossos jovens, não é? E o Senado quer contribuir com esse debate”, afirmou a senadora.

Se de um lado o que se pede é a revogação, não é bem isso que Teresa Leitão deseja, para ela é necessário ter um currículo mais rico, que abranja, por exemplo, as novas tecnologias, robótica e outros temas atuais.

“Precisamos de práticas pedagógicas e abordagens interdisciplinares que articulem teoria e prática, com currículos que organizem conteúdos obrigatórios e eletivos articulados à ciência, ao trabalho, às linguagens, à tecnologia, à cultura, às artes e ao desporto, entre outras áreas. Também é fundamental que haja ampliação de redes físicas, aquisição de equipamentos e laboratórios, produção de material didático, formação continuada de professores e a articulação com instituições acadêmico-científicas, desportivas e culturais, de trabalho e desenvolvimento social, de engajamento e participação popular, entre outras”, defende ela.

Audiências públicas da comissão de Educação

Além dessa pauta, foi aprovado pelo Senado dois requerimentos: o REQ 1/2023-CE e o REQ 10/2023-CE que pedem a realização de audiência pública sobre a valorização dos profissionais de educação.

Outro requerimento aprovado foi o REQ 9/2023-CE que pede a realização de audiências públicas para debater a continuidade do sistema de cotas nas instituições federais de ensino superior e técnico de nível médio.

Para isso serão convidadas representantes de importantes segmentos, como os ministérios da Igualdade Racial e da Educação, da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros.

“O impacto da Lei de Cotas para a sociedade brasileira tem sido bastante positivo, nos termos de estudos consistentes e, para que continue a contribuir na redução da desigualdade educacional, os aperfeiçoamentos a serem realizados devem sempre considerar a participação de uma ampla gama de integrantes do governo e da sociedade civil”, afirmou a autora do requerimento, senadora Leila Barros (PDT-DF).

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Jamille Novaes
Baiana, formada em Letras Vernáculas pela UESB, pós-graduada em Gestão da Educação pela Uninassau. Apaixonada por produção textual, já trabalhou como corretora de redação, professora de língua portuguesa e literatura. Atualmente se dedica ao FDR e a sua segunda graduação.