Situações análoga à escravidão estão vindo a tona no país há algumas semanas, uma delas na cidade de Bento Gonçalves. Trabalhadores foram resgatados em condições inapropriadas de trabalho. Entenda quais foram as ações adotadas quanto aos profissionais.
É surreal que em pleno século XXI ainda tenhamos que noticiar situação análoga À escravidão, mas, infelizmente, alguns casos têm sido registrados. Trabalhadores estão sendo recolhidos e as empresas responsáveis devem ser penalizadas. Mas, e agora? Qual o futuro dessas pessoas?
Atendimento aos trabalhadores em situação de escravidão
No Rio Grade do Sul, a Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Profissional (STDP) tem atendido os trabalhadores que foram resgatados em Bento Gonçalves; elas são naturais da Bahia, mas, decidiram permanecer no RS após a situação.
Durante os atendimentos, que são realizados nas agências da FGTAS/Sine de Porto Alegre e em Bento Gonçalves, com a presença do titular da STDP, Gilmar Sossella, eles tem a oportunidade de receber orientação sobre capacitação profissional e são encaminhados a vagas de emprego.
As oportunidades de trabalho estão sendo ofertadas na Fundação Gaúcha de Trabalho e Ação Social (FGTAS), pelo Sistema Nacional de Empregos (Sine). Na ocasião eles podem atualizar seus cadastros no Sine e são encaminhados para entrevistas de emprego.
A STDP deve continuar acompanhando os trabalhadores para garantir os direitos trabalhistas, indenizações e também a reinserção no mercado de trabalho.
“Queremos dar toda a atenção a esses jovens, oferecer cursos e capacitações e encaminhá-los para vagas disponíveis nas suas respectivas regiões. São ações efetivas que se somam a outras iniciativas do grupo de trabalho constituído pelo governador Eduardo Leite para tratar desse assunto, diminuindo o impacto tanto social quanto econômico na vida desses trabalhadores”, afirmou Sossella.
Relembre o caso
No dia 22 de fevereiro mais de 200 trabalhadores foram resgatados em Bento Gonçalves (RS) em condições análogas à da escravidão na colheita de uva para a produção de vinho.
A maior parte deles é baiana e atuava na colheita para as vinícolas Aurora, Garibaldi e Salton, marcas bastante conhecidas.
Os trabalhadores relataram que eram submetidos a uma rotina de 12 horas de trabalho diário, banho frio, comida de qualidade duvidosa, endividamento e estavam sem receber salário.
Após o resgate os profissionais estão recebendo o suporte necessário até mesmo para voltarem a sua terra natal, caso desejem.
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