Petrobras bate o martelo sobre possibilidade de alteração da políticas de preços

Nesta quinta, 3, a Petrobras prestou esclarecimentos sobre as notícias que vem sendo veiculadas na mídia. A estatal falou sobre a questão da política de preços, assunto bastante comentado nos últimos meses. Saiba o que a estatal disse. 

De acordo com a Petrobras, no âmbito da Diretoria e do Grupo Executivo de Mercado e Preços, não existe nenhuma discussão para que a empresa altere sua Política de Preços.

A estatal reiterou, através de um documento remetido à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao passo em que evita o repasse imediato da volatilidade externa e da taxa de câmbio porfiadas por eventos conjunturais. 

“Qualquer alteração deverá ser debatida pelos órgãos internos de governança da Petrobras, especialmente a diretoria e o Conselho de Administração, e será divulgada ao mercado”, disse a empresa, de acordo com o InfoMoney.

A explicação da Petrobras foi dada depois da publicação de uma matéria pelo O Globo, onde o jornal citava fontes, que afirmava que o governo tinha a intenção de extinguir a paridade internacional de preços de combustíveis (PPI) e passaria a usar a média ponderada dos custos de produção de combustíveis da empresa, com peso de 85%, enquanto os 15% restantes ficariam atrelados aos valores  internacionais.

O Bradesco BBI sinalizou, em uma rápida análise, que ainda existiria diversas dúvidas a respeito dos efeitos práticos das variáveis dessa fórmula.

“Interpretamos os custos de produção de combustíveis no Brasil como o preço do barril de petróleo bruto (atualmente em cerca de US$ 85 o barril) mais aproximadamente US$ 2 o barril para refinar, ou seja, US$ 87 por barril. Os preços internacionais da gasolina atualmente estão em US$ 103 o barril de óleo cru e US$ 119 o barril refinado. Se esta fórmula fosse implementada sob nossa interpretação, isso significaria que a gasolina no Brasil seria vendida a US$ 88 o barril e o diesel a US$ 90 o barril, com um desconto de 15% e 24%, respectivamente. Isso seria uma notícia negativa para a Petrobras”, disseram os analistas de acordo com o InfoMoney.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.