O buraco é fundo: Donos da Marisa estão com problemas nesta outra empresa também

A Marisa deve passar por uma reestruturação ao longo de 2023. A empresa enfrenta dificuldades contábeis e baixo rendimento na bolsa. O valor da dívida pode chegar aos R$600 milhões.

 A família Goldfarb, fundadores e, hoje, os maiores acionistas da Marisa com aproximadamente 53% das ações, temem que a empresa não consiga quitar as suas dívidas. A lista de pendências inclui grandes bancos como Itaú, Bradesco, Caixa e o Safra

 Além dos prejuízos acumulados ao longo de anos, a empresa possui pendências a curto prazo que chegam a R$200 milhões. 

 O fundo de investimento Brasil Varejo (BVAR11) foi um dos mais prejudicados. O fundo, gerido pela Rio Bravo Investimentos, divulgou uma nota com os números negativos da Lojas Marisa. Nesta mesma nota, foi confirmado que a inadimplência da empresa resultou em um impacto negativo de R$5,95 por cota.

Dívidas e mais dívidas…

 A empresa de moda ainda está com pendências financeiras envolvendo outro fundo imobiliário: Kinea Renda Imobiliária (KNRI11). 

 Neste caso, a dívida é referente ao não pagamento de aluguel de um galpão, localizado em São Paulo, no mês de janeiro deste ano. O contrato representa cerca de 4% da receita total do fundo.

 Número extremamente inferior quando comparamos com os quase 82% de representação da Lojas Marisa na receita total do fundo BVAR11, previamente citado na matéria. Vale ressaltar que o BVAR11 pertence, também, à família Goldfarb

Mudanças na Marisa

 A empresa pretende fechar algumas de suas unidades este ano e fazer novas investidas no mercado digital. A Marisa não divulgou um número exato de pontos que serão desligados.

Essas decisões serão tomadas buscando os pontos de maiores concorrências e também aqueles que fornecem o menor retorno financeiro. Um dos problemas que a empresa enfrenta é o alto custo de funcionamento de suas lojas físicas.

 A decisão chega após o interesse de tornar a operação nacional mais rentável, estável e explorar o mercado digital após o “boom” pós-pandemia.

 A empresa estreou na bolsa em outubro de 2007 com o valor de R$9,54 por cota. No momento do fechamento desta matéria, a Lojas Marisa (AMAR3) negociava sua cota ao menor valor da história da empresa: R$0,70.

 

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Flávio Costa
Estudante de jornalismo, já atuou na área de assessoria política ao compor o time de comunicação da atual governadora do estado, durante sua campanha eleitoral. Anteriormente, cursou 2 anos no curso de relações internacionais, podendo ampliar sua visão no aspecto macro e micro do cenário nacional e internacional. Fluente em inglês, já atuou como professor de idiomas e também de matemática. Por fim, trabalhou ainda como analista de operações pelo grupo Amazon. Atualmente, dedica-se a universidade e ao portal FDR. Suas redes sociais são @flavioarcosta e [email protected].