Através da internet, as pessoas passaram a conseguir fazer diversas coisas de forma prática e no conforto de casa. O avanço da tecnologia e das plataformas digitais democratizaram o acesso a informação sobre o universo financeiro, deixando as pessoas mais consistentes sobre suas finanças e investimento. Diante de todo esse avanço, agora já é possível contratar planos de previdência privada através de corretoras digitais, também conhecidas como savetechs, até mesmo pelo PIX.
No entanto, até que ponto é aconselhável fazer um investimento tido como estratégico e de longo prazo através da internet?
O advogado do grupo previdenciário do Trench Rossi Watanabe, Paulo Carvalho, disse à Folha que as savetechs tem funcionamento similar ao das fintechs. Os dois tipos de plataforma não criaram novos produtos financeiros, mas simplificaram e digitalizaram o acesso a esses produtos.
“Em termos práticos, as savetechs pretendem estender e simplificar o acesso, principalmente, aos produtos de previdência privada”, disse ele à Folha.
Na visão de especialistas, a digitalização dos contratos é uma tendência no mercado e deve ser adotada também por corretoras mais tradicionais e instituições bancárias. Podem, mesmo diante de toda essa facilidade não dá para deixar de lado a necessidade de buscar informações e a ajuda de profissionais, sempre que achar necessário.
Na visão de Francisco Reis Jr, head de previdência privada da MAG Seguros, a inovação é boa para o investidor, uma vez que a internet permite o acesso a um gigante mundo de informações que podem ajudar o investidor a conhecer as alternativas existentes, entre elas a previdência privada.
“Caso a pessoa já tenha conhecimento de como funciona um plano e suas possibilidades, é bem possível a contratação [online]. Se pensarmos do ponto de vista estratégico, atualmente, o mercado inclusive apresenta ferramentas de comparação que ajudam a fazer uma escolha mais eficiente e consolidada”, disse ele à Folha.
Fique atento
Antes de contratar um plano de previdência privada, é preciso se atentar a alguns pontos. O primeiro deles é qual seguradora escolher, sendo ela digital ou não.
Por serem corretoras, as savetechs ficam sujeitas à regulamentação do mercado de acordo com as normas da Susep (Superintendência de Seguros Privados).
Também devem ser observados pontos como: valores de taxas e prazos de resgate. A depender do plano contratado, o resgate efetuado antes de dois anos pode sofrer uma tributação de até 35% do Imposto de Renda.