Economista comentou sobre o impressionante número de vagas não preenchidas na última edição do SiSU. Programa deve abrir inscrições nessa semana e ofertar mais de 220 mil vagas em cursos de graduação gratuitos.
O Sistema de Seleção Unificada foi criado com a finalidade de facilitar o acesso ao ensino superior público. Com o SiSU os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio concorrem a vagas em instituições públicas de todo o país, nesse ano a oferta é de 226.399 mil vagas em 6.402 cursos.
Antes de ser criado, para ter acesso a cursos de nível superior era necessário fazer o vestibular da universidade desejada; acontece que muitas vezes as provas de vestibular acabavam coincidindo nas mesmas datas, fazendo com que os estudantes tivessem que escolher apenas uma. Com o SiSU a ocorrência disso acabou diminuindo.
Número de vagas não preenchidas no SiSU
Durante o programa Conselho de Classe, da CBN, o economista Ricardo Henriques comentou sobre o número impressionante de vagas não preenchidas através do programa. Segundo ele a queda no número de participantes do programa se deve a redução dos participantes do ENEM, já que o SiSU utiliza apenas a nota da última edição do exame.
“O SiSU em vários problemas para aperfeiçoar e eu vou tratar só de dois. Um, é fora do SiSU, mas tem um impacto enorme no SiSU, a gente já falou disso outra vez, mas só pra trazer um número, é a queda gigantesca dos inscritos do ENEM, portanto a queda dos estudantes que podem usar o sistema.Só pra gente lembrar, em 2016 a gente tinha 8,6 milhões de estudantes inscritos no ENEM, em 2022 a gente teve 3,4 milhões”, comenta o economista.
Ricardo citou logo em seguida o estudo, ainda em desenvolvimento, do pesquisador Daniel Castro da UFRJ, em que ele apresenta os dados sobre as vagas não premidas nas instituições públicas.
Segundo os dados levantados até agora, em 2017 a gente tinha 462 não preenchidas, esse número saltou para 19.106 em 2022 que ninguém tentou concorrer.
Para Ricardo um dos motivos desse “desinteresse” por essas vagas está atribuído à dificuldade de acesso a informações, falta que suporte vocacional durante o ensino médio. Para ele é necessário aperfeiçoar o programa, inserindo, por exemplo, políticas de permanência estudantil.
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