Ao assumir a presidência do país em seu terceiro mandato, o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) demonstrou o desejo em trazer de volta programas populares dos seus dois últimos governos. Por exemplo, o Bolsa Família que foi substituído pelo Auxílio Brasil, e o Minha Casa Minha Vida que saiu para dar lugar ao Casa Verde e Amarela. Além do Farmácia Popular que perdeu forças no antigo governo.
De acordo com a proposta que foi aprovada no Congresso Nacional, os recursos que serão destinados ao Farmácia Popular em 2023 são os maiores em oito anos. Antes mesmo de assumir o comando do país, em dezembro a equipe de transição da Saúde considerou que trazer esse programa de volta estava na lista das dez prioridades para os 100 dias de governo Lula.
Uma das queixas vistas nesse programa era de que houve uma queda considerável de farmácias habilitadas ao oferecimento de medicamentos, e desigualdade regional no acesso aos serviços. Com o intuito de aprimorar ainda mais esse serviço, o Farmácia Popular deve passar pelo pente-fino do governo, a fim de excluir possíveis fraudes.
Como funcionará o Farmácia Popular no governo Lula
O Farmácia Popular foi criado em 2004, primeiro mandato de Lula como presidente do país. O objetivo do programa é oferecer medicamentos e itens de higiene pessoal como fraldas geriátricas de forma totalmente gratuita, ou com descontos que chegam a 90%. Não existe a necessidade de comprovar que vive em baixa renda para conseguir os benefícios.
Qualquer pessoa que tenha uma receita médica com dados do médico responsável e emitida há menos de 180 dias, pode procurar uma unidade farmacêutica habilitada e solicitar os medicamentos. No governo Lula esse sistema de retirada dos remédios deve continuar da mesma forma.
De acordo com um novo estudo da Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), 65% dos brasileiros atendidos pelo programa estão em apenas cinco estados: São Paulo (25%), Minas Gerais (16%), Rio de Janeiro (9,9%), Rio Grande do Sul (8%) e Paraná (6,5%), embora essas unidades federativas representem menos de 50% da população total do país.