Este acontecimento fez muita gente ficar decepcionada com o C6 Bank

O C6 Bank decidiu lançar uma campanha publicitária com a estrela internacional Gisele Bündchen com objetivo de mostrar ao público todas as vantagens de sua conta global em euro e dólar. O problema é que paralelo a isso, o banco promoveu demissões em massa entre seu empregados.

O banco explicou a situação e afirmou que estas demissões integram uma “readequação” das estruturas da empresa.

Se acordo com uma apuração do Estadão, até agora, o foco das demissões tem sido áreas de tecnologia e atendimento, recrutamento, investimentos e outros. Ao menos, 70 empregados do  C6 foram desligados na última segunda, 6. Ao ser procurado pelo Estadão, o C6 não confirmou o número total de desligamentos.

O C6 disse ainda ao Estadão que fez “adequações de cargos e profissionais”. “Como é praxe nas empresas que buscam o melhor nível de eficiência nos mercados em que estão inseridas, o grupo avalia periodicamente a produtividade das equipes e, quando necessário, faz readequações de cargos e profissionais, bem como adequações de suas estruturas ao momento do negócio”,dizia a nota do banco remetida ao Estadão.

A empresa deu início, no final de 2022, a uma expansão para instalar os seus 1,9 mil empregados. Este movimento começou após o aporte do JPMorgan, de R$ 10 bilhões. Após um tempo da aprovação do investimento, o C6 optou por extinguir o site de notícias 6minutos e mandar embora parte da sua equipe.

Campanha com Bündchen

Gisele Bündchen, uma das modelos mais famosas do mundo,  assinou seu contrato com o C6 Bank em agosto de 2021. Naquela época, a primeira campanha com a modelo comemorava o patamar de 10 milhões de clientes do banco e ainda tinha a internão de posicionar a empresa no seguimento de alta renda.

Já na última campanha, lançada nesta semana, a modelo mostrava “os benefícios” das contas globais do C6 em dólar e euro. “Para ser um cidadão do mundo, você não precisa mais ser cliente de um Private Bank. Só abrir sua conta no C6″, diz Gisele no comercial.

Na visão de Lilian Carvalho, professora de marketing da FGV procurada pelo Estadão, mesmo quando se tratarem de questões completamente diferentes, isto é, investimentos em propaganda e recursos humanos, as empresas precisam olhar para seu cronograma de lançamentos como forma de evitar coincidências em relação às campanhas de marketing e possíveis demissões.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.