Simone Tebet revela o que falta para o salário mínimo subir

Simone Tebet, ministra do Planejamento do governo Lula, afirmou em uma entrevista dada ao UOL que um novo aumento no salário mínimo no mês de maio não é algo difícil, porém que necessita de um corre de gastos.

Quando o presidente disser ‘fechamos um acordo’ (para fazer o reajuste no piso, seja no valor) de R$ 1.310, R$ 1.315, R$ 1.320, [e quiser saber] ‘de onde poderíamos cortar?’, eu tenho por obrigação que apresentar o quadro e dizer onde cabe ou não [corte em verba] e onde é prioritário, para ele escolher [de onde irá sair o dinheiro]”, disse Simone Tebet, ao Uol.

O valor do piso salarial foi fixado em R$1.302 para este ano, no entanto após as eleições, o PT passou a verificar a possibilidade de aumentar este patamar para R$1.320. Os custos para este aumento, porém, ultrapassam o previsto.

Aumentar o salário mínimo ainda este ano necessita de uma análise que está sendo realizada por um grupo de trabalho criado pelo governo federal e a decisão será Lula. De acordo com a ministra, caso o presidente se decida pelo novo reajuste, o Ministério do Planejamento vai mostrar em quais áreas é possível ajustar os gastos para pagar esta conta.

Verba para subir o salário mínimo 

Tebet disse que a pasta vem verificando as contas públicas para saber onde reduzir os gastos. Ela disse ja ter algumas dicas a respeito de áreas que podem passar por corte de verbas, mas que não irá falar sobre isso de forma pública neste momento. “Tenho noções, mas não vou adiantar, sob pena de abrir uma discussão do que passa a ser prioritário ou não, e atrapalhar uma possível negociação nessa questão”, disse ela ao UOL.

Na visão da ministra, o corte de gastos para subir o valor do salário mínimo depende da definição a respeito das políticas públicas que serão classificadas como prioridade. Ela deu como exemplo a redução da verba para investimentos em obras que implicaria em “uma estrada que não vai ser feita e outra que não vai ser recuperada”, e consequentemente na redução de abertura de vagas de trabalho. “Qualquer aumento de despesa requer corte de gastos”, afirmou ela ao UOL.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.