Polícia Federal apreende R$ 270 mil em espécie na casa deste ex-deputado

Em operação que culminou com a prisão de ex-deputado federal, agentes da Polícia Federal (PF) encontraram mais de R$ 270 mil em espécie na casa do bolsonarista, em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro.

Polícia Federal apreende R$ 270 mil em espécie na casa deste ex-deputado (Imagem: FDR)

Após ser preso na manhã da última quinta-feira (2), o ex-deputado carioca Daniel Silveira foi encaminhado à sede da PF, que fica localizada na zona portuária da capital fluminense.

O responsável por determinar a prisão do apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro foi o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, devido ao “descumprimento de medidas cautelares”, como a proibição do uso de redes sociais que foi imposta ao ex-parlamentar, além da falta de uso da tornozeleira eletrônica.

Em sua decisão, Moraes afirmou que o ex-deputado danificou a tornozeleira eletrônica que tinha de usar e continuou com ataques aos Tribunais, “colocando em dúvida o sistema eletrônico de votação adotado por diversas organizações nacionais e internacionais”.

Ex-deputado teve candidatura ao Senado indeferida

Entre os mais ferrenhos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, o agora ex-deputado Daniel Silveira tentou ocupar uma das cadeiras do Senado pelo Rio de Janeiro nas eleições gerais de 2022.

Entretanto, antes do pleito, a candidatura de Silveira foi indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) ainda no início de setembro. Apesar disso, o parlamentar bolsonarista ainda recebeu mais de 1,5 milhão de votos.

Além de indeferir o registro da candidatura ao Senado Federal, o colegiado do TRE-RJ também bloqueou o acesso antecipado do ex-deputado ao fundo de campanha e ao horário eleitoral.

A condenação em questão ocorreu por 6 votos a favor entre os 7 magistrados. O entendimento alegado para a decisão é de que Daniel Silveira estaria inelegível por conta de sua condenação criminal pelo STF.

Em abril do ano passado, o ex-parlamentar foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por incitar agressões a ministros do STF e atentar contra a democracia ao defender o fechamento da Corte.

A pena foi perdoada através de um indulto presidencial concedido por Bolsonaro, mas as medidas cautelares ainda continuaram válidas. Anteriormente, Silveira já tinha sido multado pelo STF pelo descumprimento dessas sanções.