Grupo que aplicou golpe envolvendo serviços financeiros e investimentos não autorizados entra no radar do MP. Entenda o caso

Oito empresários que operavam instituições financeiras com investimentos de risco alto sem a autorização do Banco Central e da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) foram denunciados pelo Ministério Público Federal.

De acordo com uma nota do MPF, os empresários usavam um grupo de empresas, que englobava  Amazon Bank, Group Lotus Corporate e Lotus Business Center Promoção de Vendas, para fazer a assessoria de investimentos falsos, causando prejuízos financeiros para as pessoas. Também eram oferecidos, fora os investimentos, serviços como abertura de conta on-line, serviços de cartão de crédito e seguros.

A nota do MPF detalha ainda que entre as atividades praticadas pelo grupo, também estavam investimentos em criptomoedas, Forex (Foreign Exchange Market), opções binárias (IQ Option) ou via HFT (High Frequency Trade) e ainda que os valores recebidos seriam reemprestados para associações de servidores, tudo através  do Amazon Bank.

Denunciado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), este esquema conseguiu movimentar milhões de reais a crédito, envolvendo pessoas no Amazonas, no Pará, no Rio Grande do Norte e em Roraima.

“O principal alvo do esquema eram servidores públicos, incentivados a obter empréstimos junto ao seu próprio banco para investir nas instituições do grupo”, disse a nota publicada pelo Valor Investe. “A divulgação dos serviços era feita de forma intensiva pela internet, utilizando mídias sociais para relatar como eram os investimentos realizados, apresentar propagandas com ‘selo de aprovação’ de pessoas famosas e mostrar riquezas conquistadas por meio dos investimentos, além da divulgação de patrocínios e eventos”, complementa.

Ainda foi relatado pela nota do MPF que, depois que os clientes aportavam valores para as empresas que faziam parte do grupo, uma parcela significativa do dinheiro ia parar na conta pessoal dos empresários, “inclusive por meio de contas de empresas de fachada, e outra parte era destinada para retroalimentar o esquema criminoso”.

“Com os valores, os integrantes do esquema gozavam de uma vida luxuosa, constantemente divulgada pela internet como forma de reforçar a imagem de sucesso profissional como donos de banco e investidores do mercado financeiro”, acrescenta o MPF publicada pelo Valor Investe.

O que diz a IQ Option?

“A empresa IQOPTION LLC. gostaria de enfatizar que não está relacionada de forma alguma com as ações fraudulentas realizadas por esse grupo de pessoas. Vale ressaltar que estamos dispostos e prontos para apoiar a investigação com qualquer informação relevante e para fornecer quaisquer documentos que possam ajudar as vítimas a obter justiça”.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.