Copinha 2023: Qual o prêmio para o vencedor da competição?

A Copa São Paulo de Futebol Júnior, ou como é popularmente conhecida Copinha, é uma competição de futebol masculino que reúne clubes de todo Brasil com suas equipes de jogadores da base.

Neste ano, aconteceu a 53° edição da competição, que contou com a participação de 128 clubes, divididos em 32 grupos de 4.

Os títulos estão divididos principalmente entre os grandes times que venceram a competição disputada por clubes tradicionais e equipes menores. O Palmeiras, repetindo o feito da temporada passada, foi mais uma vez campeão do torneio, batendo, desta vez, o América-MG na final. Porém, mais uma vez, a Copinha não tem nenhum prêmio financeiro.

As únicas premiações previstas no regulamento da competição são um troféu e 40 medalhas para os clubes que terminarem na primeira e segunda colocação.

A competição, que tinha a final tradicionamelmente realizada no Pacaembu (que passa por reformas e deve ser reaberto para a próxima final), teve um novo palco nesta edição: o estádio do Canindé. O preço dos ingressos ficou entre R$ 25 e R$ 120.

O Corinthians é o maior vencedor do torneio, com 10 títulos. Bem atrás do maior campeão estão empatados o Fluminense e o Internacional com 5 títulos cada.

Quanto ganha um jogador de base?

O mundo inteiro ficou chocado com as cifras milionárias que fizeram o Real Madrid desembolsar para contrar a mais nova revelação do Palmeiras, o garoto Endrick, de apenas 16 anos.

O clube espanhol desembolsou 72 milhões de euros, que envolvem os direitos econômicos e a negociação direta entre os clubes. Como a legislação não permite que jogadores menores de idade joguem por times estrangeiros, Endrick só poderá se transferir para Madri em julho de 2024.

A carreira no futebol enche os olhos de crianças e jovens por todo o país, que alimentam a esperança de chegar aos grandes clubes nacionais e internacionais com contratos milionários.

Apesar de existirem os atletas que alcançam salários milionários e se tornam verdadeiras celebridades com contratos publicitários ampliando ainda mais suas fortunas, na vida da maioria dos atletas do futebol o auge é bem distante disso.

Os jogadores de base são aqueles que estão em início de carreira nos clubes e se preparam para um dia serem parte do time profissional. O salário de um jogador de base varia de um clube para outro, além disso, jogadores na faixa etária dos 10 aos 14 anos não podem receber salário, mas sim uma bolsa auxílio para ajuda de custo, o valor é de em média R$ 300 a R$ 500.

Ao assinar um contrato, a base dos salários gira em torno dos R$ 1.000. O atleta passa também a receber benefícios que variam de acordo com o desempenho do jogador.

Salário milionário é a realidade de grupo seleto

O país do futebol possui mais de 360 mil jogadores registrados, destes, cerca de 25% possuem o futebol como principal fonte de renda. De acordo com a CBF, a Confederação Brasileira de Futebol, 82% dos jogadores recebem até dois salários mínimos por mês, além disso, apenas 2% ganham quantia superior a 20 salários mínimos.

No Brasil, o piso salarial não é único, os sindicatos acabam por estabelecer diferentes pisos para seus associados. O Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado do Rio Grande do Sul (SIAPERGS) determina como piso salarial o valor de R$ 900,00. Na cidade de São Paulo, clubes locais e dos municípios circunvizinhos com até 30 empregados, possuem piso salarial de R$ 948,00.

Na Copinha, a desigualdade está dentro e fora de campo

Para os clubes que participam da Copinha, os resultados que colocam os clubes tradicionais como os maiores vencedores da competição são o reflexo de uma desigualdade que existe para além das quatro linhas.

A competição que acontece no estado de São Paulo recebe clubes de todo país. Anualmente, equipes enfrentam dificuldades para se fazer presente na competição. Em 2019, o técnico do time acreano Galvez gerou comoção ao organizar ‘vaquinha’ para pagar passagens de volta da equipe. O clube não possuía recursos para bancar a volta de seus atletas para o estado do Acre.

No ano, a equipe enfrentou ainda problemas como surto de caxumba, desistência de jogadores e delegação reduzida, ainda sim passou da fase de grupos, surpreendendo adversários considerados maiores.

Nesta edição tivemos o episódio envolvendo os jogadores do Ceará que precisaram ser encaminhados ao hospital após um episódio de intoxicação alimentar.

Entre na comunidade do FDR e receba informações gratuitas no seu Whatsapp!

Victor Barboza
Meu nome é Victor Lavagnini Barboza, sou especialista em finanças e editor-chefe do FDR, responsável pelas áreas de finanças, investimentos, carreiras e negócios. Sou graduado em Gestão Financeira pela Estácio e possuo especializações em Gestão de Negócios pela USP/ESALQ, Investimentos pela UNIBTA e Ciências Comportamentais pela Unisinos. Atuo no mundo financeiro desde 2012, com passagens em empresas como Motriz, Tendere, Strategy Manager e Campinas Tech. Também possuo trabalho acadêmicos nas áreas de gestão e finanças pela Unicamp e pela USP. Ministro aulas, cursos e palestras e já produzi conteúdos para diversos canais, nas temáticas de finanças pessoais, investimentos, educação financeira, fintechs, negócios, empreendedorismo, psicologia econômica e franquias. Sou fundador da GFCriativa e co-fundador da Fincatch.