Qual é a melhor forma de quitar as dívidas no começo do ano?

Todo início de ano, os brasileiros precisam dar conta do pagamento de diversos impostos, como IPVA, IPTU, fora demais gastos como compras de material escolar, matrícula, entre outras coisas. Diante de tudo isso, é preciso se organizar para não se endividar.

Segundo João Victorino, especialista em finanças pessoais, essas despesas geralmente não afetam demais o orçamento de quem já possui familiaridade com ferramentas de controle de orçamento pessoal, uma vez que os “imprevistos” são enxergados com antecedência. “Com o diagnóstico de suas finanças em mãos, será mais fácil saber o que deve ser feito, se é cortar gastos não essenciais ou buscar uma renda extra”, disse.

Outra dúvida que paira na cabeça do contribuinte é: qual a melhor forma de pagamento? Em qual vou ter mais vantagens? Vale a pena aproveitar o desconto oferecido nos pagamentos à vista?

Para o especialista esta não é uma resposta simples e exige alguns pontos de vista. “Para quem está com as contas em dia e tem espaço no orçamento, o mais vantajoso pode ser pagar os impostos à vista, isso porque, o valor do desconto pode ser maior que o rendimento deste capital alocado em aplicações de curto prazo. Já para quem não possui todo o valor, aí é melhor, claro, dividir o total devido e pagar as parcelas em dia, opção essa que sai ainda mais em conta do que fazer uma dívida (pegar um empréstimo) para realizar o pagamento à vista”, disse.

João ressalta ainda que o aconselhável é não retirar capital de uma reserva de emergência que tenha para o pagamento destes impostos à vista. “Isso pode afetar e até descapitalizar frente a um imprevisto que por ventura aconteça”, complementa.

Caso você opte pela escolha de pagar parcelado, o ideal é inserir essa despesa como uma conta fixa ao longo dos meses em que as parcelas durarem. “Assim como as contas de energia, água, entre outras. No entanto, se você considera mais vantajoso e prático pagar os valores à vista, a sugestão pode ser o preparo antecipado de uma poupança para ajudar a honrar estas obrigações, seja com parte do 13º terceiro, seja com seus próprios rendimentos ao longo do ano anterior”, diz.

Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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