Brasileiro tem em média 5 contas bancárias. Como escolher a melhor opção?

O Banco Central divulgou um estudo, em outubro do ano passado, mostrando que cada brasileiros tem, em média, 5,2 contas bancárias. Esse número mais do que dobrou quando comparado com 10 anos atrás, quando o número era de 2,1 contas. 

Para você ter uma noção sobre essa evolução, até dezembro de 2019 o número médio de contas por indivíduo não chegava a 3, porém, alguns fatores acabaram contribuindo para esta “pluralidade de contas”.

A ‘Fintechização’

O primeiro grande fator que acabou contribuindo para os brasileiros buscarem mais contas bancárias foi fruto da união cada vez mais forte entre soluções financeiras e tecnologia. As fintechs formaram um movimento que, a partir de 2008, explodiu.

Várias das fintechs começaram com soluções específicas para um único produto financeiro, como cartão de crédito, aplicativo de pagamentos, empréstimos ou sistema de gestão, porém, várias delas foram agregando vários outros produtos aos poucos, transformando-se em contas bancárias digitais completas.

Economia no bolso

O segundo fator que vem muito correlacionado ao movimento fintech é a questão da economia em tarifas. Várias das contas digitais que foram surgindo trouxeram o propósito de reduzir e até zerar tarifas que eram muito tradicionais das contas bancárias, como tarifa de manutenção de conta e taxas de transferências.

O fator Pandemia

O ápice da pandemia foi muito complicado, pois, por motivos de segurança sanitária, obrigou as pessoas a ficarem em casa, sem acesso, inclusive, à diversos estabelecimentos comerciais, inclusive os bancos.

Este cenário acabou “forçando” muita gente a aderir ao mundo digital. Serviços bancários, que para muita gente sempre foram sinônimo de ir até as agências físicas, passaram a ser realizados pelos meios digitais, como internet banking ou pelos apps.

Em alguns casos, houve até uma arquitetura de escolha para isto. Como foi o caso do surgimento do Caixa Tem, para os brasileiros que receberam o Auxílio Emergencial.

O bom da concorrência

Com a gratuidade de várias contas, brasileiros acabaram aderindo à concorrência, para ter acesso a mais produtos financeiros, comparar taxas e por aí vai. Como em qualquer mercado, no meio das contas bancárias, a concorrência propiciou uma melhora natural do mercado, com melhores condições e melhor atendimento, afinal de contas, qualquer “vacilada” levaria o usuário a migrar para outra conta.

Num cenário de tantas opções, como escolher as mais melhores para mim?

A concorrência, como mostrado anteriormente, faz bem para o mercado, porém, ao mesmo tempo, gera mais dúvidas para os indivíduos na hora da escolha. Este é o conceito do Paradoxo da Escolha, muito estudado por Barry Schwartz. A ideia central é que a abundância de escolhas existente hoje no mercado, paradoxalmente, deixa os consumidores sobrecarregados, confusos e paralisados.

Neste meio das contas bancárias, existem cada vez mais opções. Neste momento, de acordo com levantamento da Fincatch, já existem mais de 124 fintechs na categoria Contas Digitais.

O interessante é observar, que várias destas contas estão buscando seus nichos. Por exemplo, hoje já é possível encontrar contas destinadas para mulheres, jovens, negros, gamers, empreendedores e por aí vai. 

Também aparecem contas com diferenciais, como programas de recompensas/pontos, investimentos, crédito sustentável, e por aí vai.

Assim, além de comparar as taxas, verifique também quais os pilares da conta, além, é claro, de comparar a reputação das empresas. Lojas de aplicativos, Reclame Aqui, e a Fincatchsão formas de veirficar a reputação e a opinião das contas.

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Victor Barboza
Meu nome é Victor Lavagnini Barboza, sou especialista em finanças e editor-chefe do FDR, responsável pelas áreas de finanças, investimentos, carreiras e negócios. Sou graduado em Gestão Financeira pela Estácio e possuo especializações em Gestão de Negócios pela USP/ESALQ, Investimentos pela UNIBTA e Ciências Comportamentais pela Unisinos. Atuo no mundo financeiro desde 2012, com passagens em empresas como Motriz, Tendere, Strategy Manager e Campinas Tech. Também possuo trabalho acadêmicos nas áreas de gestão e finanças pela Unicamp e pela USP. Ministro aulas, cursos e palestras e já produzi conteúdos para diversos canais, nas temáticas de finanças pessoais, investimentos, educação financeira, fintechs, negócios, empreendedorismo, psicologia econômica e franquias. Sou fundador da GFCriativa e co-fundador da Fincatch.