Brasil e Argetina terão moeda comum? Entenda o que está sendo discutido

Segundo o Financial Times, Brasil e Argentina devem anunciar ainda esta semana o início dos trabalhos de preparação para criar uma moeda comum para ambos os países. Caso os trabalhos deem certo, este movimento poderá criar o segundo maior bloco de moeda única em todo o mundo.

Brasil e Argetina terão moeda comum? Entenda o que está sendo discutido (FDR)

Ainda segundo o veículo, as duas maiores econômicas da América do Sul vão debater o plano em uma reunião que será realizada em Buenos Aires.

Lula viajou para a Argentina no último domingo, 22, e é esperado que seja feito um anúncio oficial do projeto durante a passagem do presidente do Brasil por lá.

Num primeiro momento, os trabalhos vão focar em como uma moeda nova, que tem o nome sugerido pelo Brasil de “Sur”, poderia ajudar a aumentar o comércio regional e diminuir a dependência do dólar. De início, a moeda operaria de forma paralela ao real brasileiro e ao peso argentino, especialmente em fluxos financeiros e comerciais. Passado um período, os demais países da região serão convidados a participar do projeto.

No último sábado, 21, o presidente Lula assinou um artigo juntamente com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, em um jornal local de lá. “Decidimos avançar nas discussões sobre uma moeda comum sul-americana que possa ser usada tanto para os fluxos financeiros como comerciais, reduzindo os custos operacionais e nossa vulnerabilidade externa”, disseram.

Real vai acabar?

Diante das notícias sobre a criação desta moeda, o Brasil e a Argentina incluiram em um memorando assinado ontem, 23,  uma cláusula que explica que esta nova moeda em comum não irá extinguir o real e o peso.

A grade repercussão que esta notícia teve fez com que setores do governo nacional tivessem que pensar em uma estratégia para anunciar a medida.

As autoridades devem começar a chamar a nova moeda de  “unidade comum de troca”, para evitar a impressão de que ela causaria o fim do real e do peso argentino em seu uso diário.

Segundo economistas que estão assessorando o projeto, a América Latina possui economias robustas e existe a possibilidade de encontrar instrumentos que consigam substitui a dependência do dólar.

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.