Com a proximidade do início do ano letivo, a maioria das escolas já enviou para os pais a lista de material escolar a serem comprados para o uso dos alunos em 2023.
E por mais um ano a compra deverá onerar bastante o bolso das famílias brasileiras. Isso acontece porque, de acordo com dados levantados pela Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae), o aumento de preços no material deve ficar entre 15% a 30%.
Por isso, as famílias vêm tentando economizar como podem nos últimos anos. Assim, a primeira alternativa a ser utilizada é a verificação do que pode ser aproveitado para o ano seguinte. Itens duráveis, como tesoura, régua, calculadora e estojo podem ser reutilizados. Pode parecer pouco, mas na ponta do lápis tem um grande impacto no orçamento familiar.
Como economizar no material escolar?
Um primeiro cuidado antes de realizar a compra do material escolar é realizar a pesquisa dos preços. Com a lista em mãos, é sempre bom procurar o local onde é possível fazer a maior economia. Além disso, o ideal é realizar as compras sem tanta proximidade com o início das aulas para evitar a correria e conseguir negociar melhores condições de pagamento.
Além disso, é importante fazer a pesquisa em vários estabelecimentos, inclusive, alternando lojas físicas e virtuais. Nessa avaliação, o consumidor deve ter em mente diversos aspectos como transporte, combustível e estacionamento, caso se desloque até o estabelecimento comercial. Já nas compras via ecommerce, atenção ao frete cobrado.
Outra possibilidade válida é reunir outras famílias para fazer a compra do material escolar em estabelecimentos voltados para a comprar por atacado. Geralmente, eles oferecem descontos interessantes, com valores bem abaixo dos cobrados nas papelarias e proporcionam a negociação da forma de pagamento.
Essa alternativa pode ser interessante também para a compra de livros didáticos. Neste caso, o consumidor deve entrar em contato com a editora e solicitar o orçamento para a compra de um maior número de unidades. Caso compense, entre em contato com a editora e solicite orçamento para a compra de mais unidades. Se for vantajoso, se junte com outros pais para realizar a compra.
O que diz a Defesa do Consumidor?
Segundo o PROCON está proibida a inclusão na lista elaborada pela escola a inclusão de materiais de uso coletivo, como tinta para impressora, giz e copos descartáveis Além disso, também é vedada a cobrança de taxas para suprir despesas com água, luz, telefone, impressão e cópias.
Portanto, apenas está permitida a solicitação da compra de material escolar utilizado para as atividades desenvolvidas diariamente pelo aluno, como lápis, caneta, borracha, papel sulfite, cola, tinta guache, entre outros.
Além disso, as escolas não podem exigir que os pais comprem o material em locais de venda próprios e nem determinar as marcas dos itens e/ou locais de compra. A única exceção cabe se o material didático forem apostilas elaboradas pela unidade de ensino.
Outro ponto que merece a atenção é a cobrança da taxa de material escolar sem a apresentação de uma lista. Portanto, a escola é obrigada a informar quais itens devem ser adquiridos, deixando que os pais decidam se preferem comprar os produtos solicitados ou pagar pelo pacote oferecido pela instituição de ensino.
Por fim, a solicitação de compra de materiais escolares em excesso também é considerada abusiva.