Ao ser nomeado para o MEC, Camilo Santana deve levar consigo o modelo de educação implementado quando foi governador do Ceará. Escolha do Governo Lula para ministro da pasta tem sido bastante aprovada entre profissionais e lideranças.
O Ministério da Educação vai ter uma dobradinha cearense com Camilo Santana e Izolda Cela. A expectativa é de que eles repitam nacionalmente o modelo de educação bem-sucedido no Ceará. A escolha de Lula para o MEC e a secretária Nacional de Educação Básica é prova disso.
Modelo de educação cearense no Governo Lula
Afinal, o que fez com que o Ceará emplacasse 77 cidades entre as 100 melhores do país no Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb) em 2019? O dado é importante por dois fatores, primeiro porque Camilo assumiu como governador em 2015, ou seja, isso é reflexo de sua gestão.
E segundo porque 2019 foi o último ano antes da pandemia, ou seja, os resultados dos anos seguintes sofreram influências do fechamento das escolas e suspensão das aulas.
O grande diferencial do modelo adotado durante a gestão de Santana foi o fato de se assumir responsabilidades quanto ao estudante entendendo que ele é cearense, independente se faz parte da educação municipal ou estadual.
Em 2007 a gestão cearense adotou um modelo de cooperação para fazer com que os municípios atingissem o desempenho esperado.
Lembrando que pela lei a educação fundamental do 1º ao 5º ano é responsabilidade dos municípios, mas, o governo estadual assumiu o papel de oferecer uma espécie de “suporte” para elevar a qualidade do ensino.
Por que a educação do Ceará é tão elogiada?
Acontece que o sucesso da educação no estado antecede a Camilo Santana, mas, conta com a participação de Izolda Cela, que foi escolhida como escolhida secretária adjunta de Educação durante a gestão de Cid Gomes.
O primeiro município a ser alcançado pelas mudanças foi Sobral, nesse modelo de trabalho adotado três frentes se tornaram importantes:
- Demissão de todos os diretores por indicação política com abertura de seleções de novos profissionais;
- Formação de professores em serviço;
- Criação de rotinas pedagógicas em sala de aula e aprimoramento dos materiais de ensino e valorização dos educadores.
Esses tópicos foram centrais para a criação do Programa de Alfabetização na Idade Certa (Paic) que foi, inclusive, adotado nacionalmente em 2012 durante a gestão de Dilma e permaneceu ativo até 2018.
Para David Saad, diretor-presidente do Instituto Natura, três fatores levaram o estado ao sucesso na educação:
- Compartilhamento da governança entre estados e municípios com trabalho conjunto na área;
- Incentivo para as escolas com melhores desempenhos com oferta de premiações, inclusive;
- Compromisso estadual com a educação.
É justamente dentro desses pontos que a gestão de Camilo Santana e Izolda Cela deve ser pautada.
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