Esta chegando ao fim o prazo para conseguir um desconto adicional na declaração do Imposto de Renda (IR 2023). Os interessados tem até a próxima semana para realizar investimentos em planos de previdência privada, e assim, diminuir a base de cálculo do imposto.
Este benefício é válido para investimentos realizados em planos do tipo PGBL (plano gerador de benefício livre), que é o mais indicado para aqueles que fazem a declaração completa do Imposto de Renda. Para estes contribuintes, é possível abater os depósitos na previdência na declaração anual , da mesma forma que acontece com as despesas de educação ou saúde.
A única diferença é que existe um limite de abatimento de até 12% da renda bruta para a base de cálculo do Imposto de Renda.
Na prática, um contribuinte que possui uma renda bruta de R$ 200 mil poderia deduzir até R$ 24 mil em depósitos através de um PGBL da base de cálculo do IR. Desta forma, o imposto incidiria sobre o valor de R$ 176 mil ao invés dos R$ 200 mil.
No caso daqueles que deixaram para realizar o aporte de última hora, é preciso se atentar ao prazo limite que termina em 31 de dezembro. Porém, por conta de questões operacionais, uma vez que na sexta, 30, não haverá expediente bancário, a próxima quinta, 29, será o último dia útil do mercado financeiro em 2022.
O prazo para os fundos alocarem os ativos depositados pelos clientes nos planos de previdência, pode demorar até dois dias. Sendo assim, para diversas instituições, a segunda, 27 é o último dia para fazer o investimento.
O modelo PGBL é o mais recomendado para o contribuinte que declara o Imposto de Renda através do formulário completo, no entanto poderia ser utilizado por um número maior de contribuintes. No caso de muitos investidores, é válido mudar da declaração simplificada para a completa mesmo que seja apenas para aplicar em um PGBL.
“Um dos maiores atrativos do PGBL é a possibilidade de a pessoa deduzir até 12% da renda bruta anual ao fazer a declaração completa do Imposto de Renda, desde que ele também contribua com o regime geral, ou seja, o INSS, ou com o regime próprio dos servidores públicos”, disse ao InfoMoney Sandro Bonfim, superintendente de Produtos da Brasilprev.